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BANCOS
Provisões para desvalorização de títulos tiveram impacto negativo de R$ 730,9 milhões
Banespa lucra R$ 158,4 mi em 1998
MARCOS CÉZARI
da Reportagem Local
O Banespa (Banco do Estado de
São Paulo) teve lucro líquido de R$
158,4 milhões no ano passado, segundo dados divulgados ontem.
Em 97 o lucro foi de R$ 2,037 bilhões e em 96, de R$ 1,273 bilhão.
Nos dois anos anteriores o banco
teve prejuízos: R$ 44,2 milhões em
95 e R$ 342,1 milhões em 94.
O balanço da instituição referente a 98 está sendo divulgado hoje.
O banco ficou sem publicar balanços entre 95 e 97 (referentes aos
anos de 94 a 96), voltando a fazê-lo
no ano passado. O Banespa ficou
sob intervenção do Banco Central
de 30 de dezembro de 94 até o final
de 97.
A rentabilidade em 98 foi de
3,82% sobre o patrimônio líquido
de R$ 4,143 bilhões. Em 97, a rentabilidade foi de 51,9% para um patrimônio de R$ 3,927 bilhões.
Segundo nota distribuída à imprensa, "a rentabilidade foi fortemente afetada pela constituição de
provisões para desvalorização das
ações da Cesp, títulos da dívida externa ("bradies") e títulos da Prefeitura de Campinas". Em valores
líquidos, essas provisões tiveram
impacto negativo de R$ 730,9 milhões no resultado do banco, informa a nota.
Se não fossem essas provisões, o
banco teria tido lucro superior a
R$ 889 milhões no ano passado.
Segundo Ariovaldo D'Angelo,
vice-presidente de finanças, o Banespa teve um "excelente desempenho em 98". Ele considera que
"o banco já está ajustado para o
processo de privatização".
O quadro de funcionários do Banespa foi reduzido em 6,4% no ano
passado. Ao final do ano eram
21.126 trabalhadores, contra 22.561
em 97. Em dezembro de 96 o banco
tinha 26.856 empregados.
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