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Ministro estima queda de 4% no PIB
da Sucursal de Brasília
O ministro do Desenvolvimento,
Celso Lafer, disse ontem que trabalha com uma estimativa de queda de 4% no PIB (Produto Interno
Bruto) no primeiro semestre.
O governo está revendo suas estimativas para a recessão neste ano.
Antes da desvalorização do real,
previa-se uma queda de 1% do PIB.
Agora, o número está em revisão,
mas espera-se uma queda maior
no primeiro semestre.
Segundo Lafer, a inflação no primeiro semestre não deverá ultrapassar 8%, com médias mensais
no primeiro trimestre de 2%. As
afirmações do ministro foram feitas durante debate na bancada do
PFL na Câmara.
Lafer disse ainda que prevê superávit comercial em fevereiro, mas
não deu detalhes. O ministro fez
uma previsão otimista de recuperação da economia no segundo semestre. O ministro anunciou que
pretende criar uma agência para
concessão de crédito a exportadores. A agência seguiria o modelo
do Finame (Agência Especial de
Financiamento Industrial).
A agência terá apoio, segundo o
ministro, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que deverá aumentar os recursos disponíveis para os exportadores. O ministro
pretende aumentar o universo de
empresas exportadoras, hoje em
torno de 200. "Para isso, precisa de
financiamento", afirmou.
O ministro defendeu a aprovação das reformas tributária e fiscal
pelo Congresso. Segundo ele, a desoneração fiscal é importante para
a recuperação do setor exportador.
Lafer condenou mudanças na Lei
Kandir, reivindicação dos governadores que reclamam de perdas
na arrecadação estadual. Ele classificou de "retrocesso" uma eventual volta da tributação das exportações.
Durante o encontro com os deputados pefelistas, o ministro ouviu reclamações sobre a atuação
do BNDES. Eles afirmaram que os
recursos não chegam aos pequenos e médios empresários.
O ministro reconheceu que o
BNDES não está atendendo os pequenos e médios empresários e
que já está estudando uma alternativa. Segundo ele, uma das diretorias do banco deverá ser ocupada
por uma pessoa com experiência
no Sebrae (Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
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