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Rabelo de Castro prevê hiperinflação
da Sucursal de Brasília
O economista Paulo Rabelo de
Castro afirmou ontem, durante
reunião da executiva do PFL, que o
país não está longe da hiperinflação. Ele defendeu uma relação
"mais distante com o FMI (Fundo
Monetário Internacional)". Segundo ele, o FMI "dá azar".
Castro foi convidado pelo partido para fazer uma análise da situação econômica do país. Deputados, senadores, governadores e
prefeitos do PFL foram à reunião
para ouvir Castro.
"Ele disse que se houvesse uma
lei que proibisse o ministro da Fazenda de comprar passagem para
ir buscar esmola no exterior seria
muito bom", disse o deputado
Eduardo Paes (PFL-RJ), após a
reunião.
O vice-presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, saiu do encontro prevendo
aumento de desemprego. "É melhor não ouvir (as previsões). Se o
governo não agir rapidamente poderemos chegar à hiperinflação.
Com isso, o desemprego vai aumentar. Estamos em uma situação
mais grave do que pensamos. São
Paulo já está em guerra civil", disse.
O economista afirmou aos participantes do encontro que historicamente a relação do FMI com os
países é de azar. "Ele disse que o
FMI dá azar e que não conhece nenhum país do mundo que tenha
dado certo com o FMI", afirmou o
líder do PFL, Inocêncio Oliveira
(PE).
Castro afirmou que é necessário
que o governo consiga equilibrar
as contas públicas no período dos
próximos três ou quatro meses para conseguir evitar a hiperinflação.
Para isso, ainda segundo o economista, o ajuste fiscal deve ser concluído.
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