São Paulo, Quinta-feira, 25 de Fevereiro de 1999
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Rabelo de Castro prevê hiperinflação

da Sucursal de Brasília

O economista Paulo Rabelo de Castro afirmou ontem, durante reunião da executiva do PFL, que o país não está longe da hiperinflação. Ele defendeu uma relação "mais distante com o FMI (Fundo Monetário Internacional)". Segundo ele, o FMI "dá azar".
Castro foi convidado pelo partido para fazer uma análise da situação econômica do país. Deputados, senadores, governadores e prefeitos do PFL foram à reunião para ouvir Castro.
"Ele disse que se houvesse uma lei que proibisse o ministro da Fazenda de comprar passagem para ir buscar esmola no exterior seria muito bom", disse o deputado Eduardo Paes (PFL-RJ), após a reunião.
O vice-presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, saiu do encontro prevendo aumento de desemprego. "É melhor não ouvir (as previsões). Se o governo não agir rapidamente poderemos chegar à hiperinflação. Com isso, o desemprego vai aumentar. Estamos em uma situação mais grave do que pensamos. São Paulo já está em guerra civil", disse.
O economista afirmou aos participantes do encontro que historicamente a relação do FMI com os países é de azar. "Ele disse que o FMI dá azar e que não conhece nenhum país do mundo que tenha dado certo com o FMI", afirmou o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE).
Castro afirmou que é necessário que o governo consiga equilibrar as contas públicas no período dos próximos três ou quatro meses para conseguir evitar a hiperinflação. Para isso, ainda segundo o economista, o ajuste fiscal deve ser concluído.


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