São Paulo, Quinta-feira, 25 de Fevereiro de 1999
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MEGANEGÓCIO
Primeira proposta foi criticada
Olivetti fará nova oferta pela Telecom

das agências internacionais

A Olivetti, segunda maior empresa de telefonia da Itália, quer rever sua oferta de compra hostil da Telecom Italia antes que sua rival adote medidas contrárias. Um comunicado oficial seria divulgado ontem à noite na Itália.
A oferta da Olivetti, feita no último sábado, foi de US$ 58 bilhões. A Comissão Nacional de Operações da Bolsa de Valores (Consob), no entanto, considerou a oferta inválida.
Ontem, a Consob anunciou que investigará se houve uso de informação privilegiada nas especulações com as ações da Telecom Italia. Nos dias anteriores e posteriores ao anúncio da oferta da Olivetti, ocorreu uma intensa negociação das ações da ex-estatal italiana.
Na terça-feira, a diretoria da Olivetti havia anunciado que iria reformular a sua oferta.
"Tentaremos solucionar o que nos parece um evidente erro", afirmara o presidente da empresa, Antonio Tesone.
Tesone afirmou que o comunicado divulgado no último sábado era uma declaração de intenções e não um anúncio de oferta pública propriamente dito. Analistas dizem que a oferta da Olivetti, de 10 euros por ação, é muito barata e que o grupo deve propor valor superior.
A Consob recusou a proposta de compra da Telecom pela Olivetti afirmando que a empresa interessada não havia sido clara ao indicar o tempo de duração da oferta. A Consob também disse que a Olivetti não pode condicionar a operação à venda de suas filiais Infostrada (telefonia fixa) e Omnitel (telefonia móvel) à alemã Mannesmann.
A Telecom, que é controlada por bancos, fundos de pensão e pela família Agnelli -proprietária da Fiat-, considerou a proposta da rival uma compra hostil e pretende lançar uma contra-oferta por meio de sua subsidiária de telefonia móvel, a Telecom Italia Mobile, conhecida como TIM.
Analistas consideraram que o parecer da Consob possibilitaria à Telecom Italia mais tempo para adotar medidas defensivas.


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