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RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Secretário do Tesouro dos EUA diz que tema deveria constar de acordos para ajuda a emergentes
Rubin propõe ataque do FMI à corrupção
das agências internacionais
O secretário do Tesouro dos
EUA, Robert Rubin, afirmou ontem que as instituições financeiras
internacionais deveriam condicionar sua ajuda aos países em dificuldades à adoção de medidas de
combate à corrupção.
Rubin afirmou que o FMI (Fundo Monetário Internacional), o
Banco Mundial e os bancos regionais de desenvolvimento poderiam ter um papel fundamental a
fim de que os países lutem contra a
corrupção.
Rubin afirmou que, apesar dos
esforços do FMI em fazer com que
os governos adotem posturas mais
transparentes em relação aos seus
gastos, é preciso fazer mais.
"Nós acreditamos que o FMI deve incluir considerações mais explícitas a esse respeito nos seus
programas de ajuda", declarou o
secretário do Tesouro norte-americano em uma conferência mundial sobre combate à corrupção,
realizada em Washington.
"Os bancos de desenvolvimento
multilaterais estão em uma posição única no combate à corrupção", acrescentou.
Japão
Rubin também afirmou ontem à
imprensa que o Japão está caminhando para a solução dos problemas enfrentados por seu setor
bancário.
"O Japão vem dando importantes passos", disse Rubin. "É extremamente importante para a economia mundial que o Japão volte
ao caminho certo", acrescentou o
secretário do Tesouro norte-americano.
O Japão está adotando um plano
de recapitalização do sistema bancário no valor de US$ 61 bilhões
para cobrir parte do rombo provocado por empréstimos feitos sem
garantias adequadas.
América Latina
A crise brasileira levará a América Latina a ter um recuo de 0,8%
em sua economia este ano, avaliaram analistas do Banco Bilbao Vizcaya em um informe ao qual teve
acesso a agência de notícias "France Presse".
Depois de ter alcançado um crescimento de 2,4% no ano passado e
de 5,7% em 1997, a América Latina
terá em 1999 o seu pior resultado
desde o final da década de 80.
A redução no crescimento está
associada a uma alta da inflação,
que estava sendo controlada abaixo dos 10% em 1998 e que este ano
chegará a uma média de 13% em
toda a região.
Segundo o informe, a desvalorização da moeda brasileira em janeiro não só alterou a perspectiva
econômica para o Brasil, como
também para a maioria dos países
latino-americanos.
As reformas econômicas realizadas nos últimos anos, porém, ajudarão a limitar a duração da crise,
que é avaliada no documento como "um sério revés para a região".
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