UOL


São Paulo, sexta-feira, 25 de abril de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BARRIL DE PÓLVORA

Queda é de 2 milhões de barris diários; cartel amplia cotas

Opep corta produção de óleo em 7%

DA REDAÇÃO

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) decidiu ontem reduzir sua produção em cerca de 7%, em uma tentativa de evitar um excesso de oferta e estabilizar as cotações. Mas, em uma atitude que surpreendeu os analistas, o cartel ampliou suas cotas de produção.
Em fevereiro e março, às vésperas do ataque da coalizão anglo-americana ao Iraque, a Opep havia relaxado suas cotas e ampliou a oferta do produto. O objetivo era evitar uma disparada no preço do barril, que mesmo assim chegou a ficar perto de US$ 40.
A rápida vitória da coalizão, sem que houvesse grandes danos às instalações petrolíferas do Iraque, aliviou a pressão sobre os mercados internacionais, e as cotações recuaram acentuadamente. Em Nova York, os preços estão abaixo de US$ 27.
A Opep decidiu reduzir sua produção diária em 2 milhões de barris, em relação à média de 27,4 milhões de barris diários extraídos em fevereiro e março. O teto de produção caiu para 25,4 milhões de barris/dia, um acréscimo de 900 mil barris em relação às cotas que estavam em vigor -e que não vinham sendo respeitadas.
As novas cotas entram em vigor em junho. Mas os antigos níveis de produção incluíam o Iraque, e o novo, não -o país só deverá voltar ao mercado em junho. Por isso, os dez outros membros do cartel poderão continuar extraindo o mesmo tanto que vinham produzindo nos últimos meses.
Caso os preços não se estabilizem, a Opep poderá reduzir ainda mais a produção em sua próxima reunião, em junho.
O cartel produz cerca de um terço do petróleo consumido no planeta. A Opep possui 11 países associados, mas o Iraque não participa das decisões sobre cotas desde a Guerra do Golfo (1991).
Assim que a decisão foi divulgada, as cotações tiveram forte queda nos mercados internacionais. Mas os preços se recuperaram antes do final do pregão.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, o recuo chegou a ficar em 4%, e o preço do barril caiu ao menor valor em cinco meses. Mas, nas últimas horas de negócios, fundos de investimentos aproveitaram os baixos preços e fizeram grandes compras, o que puxou os preços e fez com que a cotação ficasse inalterada em relação ao dia anterior, a US$ 26,64.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Contágio no ar: Pneumonia "devasta" aéreas, afirma Iata
Próximo Texto: Frase
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.