São Paulo, quarta-feira, 25 de abril de 2007

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Balança e reservas puxam saldo nas contas externas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar do aumento nas importações, o saldo da balança comercial segue como o principal fator a sustentar o superávit das contas externas brasileiras.
Entre janeiro e março, a conta de transações correntes -resultado da compra e venda de bens e serviços com outros países- ficou positiva em US$ 1,694 bilhão, superando em US$ 120 milhões o saldo no primeiro trimestre de 2006.
Só no mês passado, o superávit em transações correntes foi de US$ 817 milhões. "O resultado se explica, fundamentalmente, pela balança comercial, que veio melhor do que o esperado", diz o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.
Além disso, Lopes afirma que os ganhos alcançados pelo BC na aplicação dos recursos das reservas internacionais têm ajudado a manter os bons resultados das contas externas.
As reservas do Brasil somam US$ 118,5 bilhões, dinheiro que é aplicado, em grande parte, em títulos públicos emitidos por países desenvolvidos, principalmente pelos EUA.
Em março, as aplicações das reservas renderam US$ 402 milhões ao governo -em 2006, com reservas menores, tiveram média mensal de US$ 200 milhões. Essa rentabilidade entra como receita nas transações correntes, o que ajuda a manter esse indicador no azul.
As contas externas também têm sido favorecidas por uma ligeira redução no volume de remessas de lucros ao exterior, que atingiram recorde em 2006. Entre janeiro e março, as multinacionais enviaram US$ 3,123 bilhões para suas matrizes, 13% a menos do que no mesmo período de 2006.
Saldos positivos nas contas externas ajudam a reduzir a vulnerabilidade do país a crises internacionais. Um déficit precisa ser financiado, por empréstimos ou investimentos estrangeiros, o que é mais difícil em tempos de crise.


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