São Paulo, quarta-feira, 25 de abril de 2007

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Reservas já passam de US$ 118 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As reservas internacionais do Brasil chegaram anteontem a US$ 118,5 bilhões, quase US$ 33 bilhões a mais do que o saldo registrado no final de 2006. Boa parte desse crescimento se deve às compras de dólares feitas pelo Banco Central.
Entre janeiro e março, o BC comprou US$ 21,9 bilhões no mercado de câmbio, dinheiro que foi depositado nas reservas. Estima-se que neste mês, até o último dia 20, as aquisições tenham ficado em aproximadamente US$ 8 bilhões.
Esse acúmulo de reservas ajudou na redução do risco Brasil do patamar de 300 pontos para 150, o que compensa o custo que a medida tem para o governo, avalia o secretário Tarcísio Godoy (Tesouro Nacional).
Em audiência, ontem, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), Godoy defendeu as compras de dólares que vêm sendo efetuadas pelo BC. "Cada ativo tem seu benefício e seu custo. O que se espera é que os benefícios superem os custos. Ter reservas elevadas tem seus benefícios", afirmou Godoy, ao ser questionado pelos senadores.
Segundo ele, o Brasil tem hoje um risco semelhante ao de países classificados no grau de investimento pelas agências internacionais. O que atrapalha uma reavaliação da nota brasileira por essas empresas, afirmou, é a dívida bruta do governo geral, que inclui todos os compromissos da União, exceto do BC e do INSS, dos Estados e municípios no setor privado.
Em fevereiro, a dívida bruta brasileira somava R$ 1,591 trilhão. Esse conceito é o mais usado pelas agências que classificam o risco dos países, referência para investidores estrangeiros. "Esse conceito impede que o país seja investment grade", disse Godoy.


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