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Reservas já passam de US$ 118 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As reservas internacionais
do Brasil chegaram anteontem a US$ 118,5 bilhões, quase US$ 33 bilhões a mais do
que o saldo registrado no final de 2006. Boa parte desse
crescimento se deve às compras de dólares feitas pelo
Banco Central.
Entre janeiro e março, o
BC comprou US$ 21,9 bilhões no mercado de câmbio,
dinheiro que foi depositado
nas reservas. Estima-se que
neste mês, até o último dia
20, as aquisições tenham ficado em aproximadamente
US$ 8 bilhões.
Esse acúmulo de reservas
ajudou na redução do risco
Brasil do patamar de 300
pontos para 150, o que compensa o custo que a medida
tem para o governo, avalia o
secretário Tarcísio Godoy
(Tesouro Nacional).
Em audiência, ontem, na
Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE),
Godoy defendeu as compras
de dólares que vêm sendo
efetuadas pelo BC. "Cada ativo tem seu benefício e seu
custo. O que se espera é que
os benefícios superem os
custos. Ter reservas elevadas
tem seus benefícios", afirmou Godoy, ao ser questionado pelos senadores.
Segundo ele, o Brasil tem
hoje um risco semelhante ao
de países classificados no
grau de investimento pelas
agências internacionais. O
que atrapalha uma reavaliação da nota brasileira por essas empresas, afirmou, é a dívida bruta do governo geral,
que inclui todos os compromissos da União, exceto do
BC e do INSS, dos Estados e
municípios no setor privado.
Em fevereiro, a dívida bruta brasileira somava R$ 1,591
trilhão. Esse conceito é o
mais usado pelas agências
que classificam o risco dos
países, referência para investidores estrangeiros. "Esse
conceito impede que o país
seja investment grade", disse
Godoy.
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