São Paulo, quarta-feira, 25 de abril de 2007

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Nordeste deve puxar alta de gastos com cartão em 2007

Região deve pagar R$ 43,8 bi com meio eletrônico

TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO

Os gastos com cartão de crédito devem crescer mais no Nordeste do que nas outras regiões neste ano. A previsão, feita em pesquisa do Itaucard, é que as compras com o "dinheiro de plástico" passem de R$ 34,9 bilhões (2006) para R$ 43,8 bilhões, com alta de 26%. A média nacional deve ficar em 20%, passando de R$ 156,9 bilhões para R$ 188,3 bilhões.
Um dos motivos é o aumento da renda da população na região, impulsionado pelo cenário econômico favorável e por programas do governo federal, como o Bolsa Família.
"É um movimento que já vem acontecendo nos últimos anos. Qualquer pequena mudança na renda tem reflexo na capacidade de consumo", disse Fernando Chacon, diretor de marketing do banco Itaú.
A participação dos gastos do Nordeste deve passar de 22% (2006) para 23,2% do total do país. Todas as regiões devem ter expansão no "market share", com exceção do Sudeste, que deve cair de 57,9% para 56,2%, preservando, ainda assim, o maior desembolso (R$ 105,8 bilhões) neste ano.
No Norte foi registrado o maior tíquete médio de compras do país (R$ 117) em 2006, por causa do hábito da população de comprar produtos de maior valor agregado na região, onde está localizada, por exemplo, a Zona Franca de Manaus. No extremo oposto aparece o Sudeste (R$ 88), onde o cartão é mais usado para compras menos caras, do dia-a-dia.
Na divisão por segmentos, o Sudeste se destaca como a única região em que os gastos com "lazer e diversão" (36%) ultrapassam os de "compras secundárias" (26%), que incluem pagamentos de vestuário, calçados e postos de gasolina.
Juntos, São Paulo (32%) e Rio de Janeiro (17%) responderam por quase metade do volume de gastos em 2006, percentual que era ainda maior no ano anterior (51%). Os dois Estados têm 42% dos cartões do país.
A tendência, segundo Chacon, é que o uso nas grandes metrópoles continue crescendo, porém menos do que em outras cidades. "Mas há espaço para expansão em todos os lugares", ressaltou.
Dentro das regiões, os R$ 49,6 bilhões gastos em São Paulo representaram 55% do volume do Sudeste. No Centro Oeste, o Distrito Federal se destaca com 52%, e, no Nordeste, a Bahia aparece com 34%.
A pesquisa constatou ainda que, no Norte e no Nordeste, o parcelamento sem juros é usado em mais de 60% dos gastos. A facilidade é menos usada na região Sul (41%), que, ainda assim, tem o maior tíquete médio nesse item (R$ 303), contra R$ 208 -o menor- no Nordeste.


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