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Nordeste deve puxar alta de gastos com cartão em 2007
Região deve pagar R$ 43,8 bi com meio eletrônico
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
Os gastos com cartão de crédito devem crescer mais no
Nordeste do que nas outras regiões neste ano. A previsão, feita em pesquisa do Itaucard, é
que as compras com o "dinheiro de plástico" passem de R$
34,9 bilhões (2006) para R$
43,8 bilhões, com alta de 26%. A
média nacional deve ficar em
20%, passando de R$ 156,9 bilhões para R$ 188,3 bilhões.
Um dos motivos é o aumento
da renda da população na região, impulsionado pelo cenário econômico favorável e por
programas do governo federal,
como o Bolsa Família.
"É um movimento que já
vem acontecendo nos últimos
anos. Qualquer pequena mudança na renda tem reflexo na
capacidade de consumo", disse
Fernando Chacon, diretor de
marketing do banco Itaú.
A participação dos gastos do
Nordeste deve passar de 22%
(2006) para 23,2% do total do
país. Todas as regiões devem
ter expansão no "market share", com exceção do Sudeste,
que deve cair de 57,9% para
56,2%, preservando, ainda assim, o maior desembolso (R$
105,8 bilhões) neste ano.
No Norte foi registrado o
maior tíquete médio de compras do país (R$ 117) em 2006,
por causa do hábito da população de comprar produtos de
maior valor agregado na região,
onde está localizada, por exemplo, a Zona Franca de Manaus.
No extremo oposto aparece o
Sudeste (R$ 88), onde o cartão
é mais usado para compras menos caras, do dia-a-dia.
Na divisão por segmentos, o
Sudeste se destaca como a única região em que os gastos com
"lazer e diversão" (36%) ultrapassam os de "compras secundárias" (26%), que incluem pagamentos de vestuário, calçados e postos de gasolina.
Juntos, São Paulo (32%) e
Rio de Janeiro (17%) responderam por quase metade do volume de gastos em 2006, percentual que era ainda maior no ano
anterior (51%). Os dois Estados
têm 42% dos cartões do país.
A tendência, segundo Chacon, é que o uso nas grandes
metrópoles continue crescendo, porém menos do que em
outras cidades. "Mas há espaço
para expansão em todos os lugares", ressaltou.
Dentro das regiões, os R$
49,6 bilhões gastos em São Paulo representaram 55% do volume do Sudeste. No Centro Oeste, o Distrito Federal se destaca
com 52%, e, no Nordeste, a Bahia aparece com 34%.
A pesquisa constatou ainda
que, no Norte e no Nordeste, o
parcelamento sem juros é usado em mais de 60% dos gastos.
A facilidade é menos usada na
região Sul (41%), que, ainda assim, tem o maior tíquete médio
nesse item (R$ 303), contra R$
208 -o menor- no Nordeste.
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