São Paulo, sábado, 25 de abril de 2009

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Bolsa sobe pela 7ª semana e tem alta de 14,3% no mês

Com cenário externo favorável, Bovespa avança 2,1%, para o maior nível desde outubro

Em meio a balanços animadores, mercado acionário se valoriza na Europa e nos EUA; dólar recua 1,22%, para R$ 2,192


FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Em sua sétima semana consecutiva de alta, a Bolsa de Valores de São Paulo atingiu seu mais elevado patamar desde outubro de 2008. Após valorização de 2,12%, a Bolsa encerrou o dia aos 46.771 pontos. Os ganhos acumulados em abril já chegam a 14,28%, o que representa o melhor resultado mensal desde janeiro de 2006.
O cenário externo favorável de ontem -as Bolsas subiram nos EUA e na Europa- permitiu que a maioria das ações do índice Ibovespa terminasse em alta. Das 65 ações que formam o índice, 54 subiram. No ano, o Ibovespa passou a computar ganhos de 24,56%.
O resultado das Bolsas na Europa foi ainda mais forte, com os bancos voltando a atrair os investidores. A Bolsa de Londres subiu 3,43%, e a de Frankfurt teve elevação de 3%.
No mercado norte-americano, a Nasdaq se apreciou em 2,55% e passou a ter alta de 10,84% no mês. O índice Dow Jones subiu 1,50% ontem.
Os investidores receberam bem os resultados da American Express e da Ford, com as ações das duas empresas registrando valorizações expressivas, de 20,65% e 11,36%, respectivamente. Alguns indicadores econômicos também favoreceram o dia de ganhos, como o de pedidos por bens duráveis nos EUA, que recuaram 0,8% em março -cifra melhor que o esperado pelos analistas.
Para a Bolsa brasileira, a semana foi de alta acumulada de 2,17%, com 50 dos 65 papéis do Ibovespa registrando ganhos. Como os próximos dias prometem ser agitados, tendo na reunião do Copom um relevante evento, os analistas alertam para os riscos de perda de ritmo do mercado acionário.
"Dada a importância do noticiário na próxima semana, além de o atual movimento de alta estar muito próximo de seu esgotamento, acredito em período de baixas corretivas, seja pela confirmação de expectativas positivas, seja por divulgações abaixo das previsões, que, nesse caso, trariam correções mais fortes", afirma Ricardo Tadeu Martins, da corretora Planner. Mesmo assim, o analista considera que há "espaço para atingir os 48 mil pontos".
Na semana, as maiores altas ficaram com papéis dos setores de celulose e papel, construção civil e varejo. No topo das valorizações, apareceram Rossi Residencial ON, com alta de 23,06%, e VCP PN, que ganhou 22,41%. Outros ganhos chamativos na semana ficaram com Aracruz PNB (20,50%), Cyrela Realt ON (15,74%) e B2W Varejo ON (15,71%).
Um dado que chamou a atenção dos investidores ontem foi o do crescimento da produção brasileira de papel-cartão (usado na fabricação de embalagens, termômetro do nível de atividade econômica), que se expandiu em 44% em março.
Na ponta perdedora, quem liderou as baixas tanto ontem como na semana foram as ações da Cemig. Ontem, os papéis recuaram 3,40%; na semana, perderam 4,60%. A Cemig anunciou a compra de cerca de 85% do capital votante da elétrica Terna -negócio estimado em R$ 2,33 bilhões.
Outro papel com desempenho abaixo do mercado foi o da CCR Rodovias, que caiu 1,48% ontem e 2,60% na semana.
Se forem consideradas as ações de maior peso da Bolsa, as que mais subiram ontem foram BM&FBovespa ON (4,56% de alta), Itaú Unibanco PN (2,47%) e Vale PNA (1,59%). Petrobras PN subiu 0,13%.
No mercado de câmbio, o dólar terminou o último dia de negócios da semana cotado a R$ 2,192. Com baixa de 1,22%, a moeda passou a acumular desvalorização de 5,44% no mês.


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