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Bolsa sobe pela 7ª semana e tem alta de 14,3% no mês
Com cenário externo favorável, Bovespa avança 2,1%, para o maior nível desde outubro
Em meio a balanços
animadores, mercado
acionário se valoriza na
Europa e nos EUA; dólar recua 1,22%, para R$ 2,192
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em sua sétima semana consecutiva de alta, a Bolsa de Valores de São Paulo atingiu seu
mais elevado patamar desde
outubro de 2008. Após valorização de 2,12%, a Bolsa encerrou o dia aos 46.771 pontos. Os
ganhos acumulados em abril já
chegam a 14,28%, o que representa o melhor resultado mensal desde janeiro de 2006.
O cenário externo favorável
de ontem -as Bolsas subiram
nos EUA e na Europa- permitiu que a maioria das ações do
índice Ibovespa terminasse em
alta. Das 65 ações que formam
o índice, 54 subiram. No ano, o
Ibovespa passou a computar
ganhos de 24,56%.
O resultado das Bolsas na Europa foi ainda mais forte, com
os bancos voltando a atrair os
investidores. A Bolsa de Londres subiu 3,43%, e a de Frankfurt teve elevação de 3%.
No mercado norte-americano, a Nasdaq se apreciou em
2,55% e passou a ter alta de
10,84% no mês. O índice Dow
Jones subiu 1,50% ontem.
Os investidores receberam
bem os resultados da American
Express e da Ford, com as ações
das duas empresas registrando
valorizações expressivas, de
20,65% e 11,36%, respectivamente. Alguns indicadores econômicos também favoreceram
o dia de ganhos, como o de pedidos por bens duráveis nos
EUA, que recuaram 0,8% em
março -cifra melhor que o esperado pelos analistas.
Para a Bolsa brasileira, a semana foi de alta acumulada de
2,17%, com 50 dos 65 papéis do
Ibovespa registrando ganhos.
Como os próximos dias prometem ser agitados, tendo na reunião do Copom um relevante
evento, os analistas alertam para os riscos de perda de ritmo
do mercado acionário.
"Dada a importância do noticiário na próxima semana,
além de o atual movimento de
alta estar muito próximo de seu
esgotamento, acredito em período de baixas corretivas, seja
pela confirmação de expectativas positivas, seja por divulgações abaixo das previsões, que,
nesse caso, trariam correções
mais fortes", afirma Ricardo
Tadeu Martins, da corretora
Planner. Mesmo assim, o analista considera que há "espaço
para atingir os 48 mil pontos".
Na semana, as maiores altas
ficaram com papéis dos setores
de celulose e papel, construção
civil e varejo. No topo das valorizações, apareceram Rossi Residencial ON, com alta de
23,06%, e VCP PN, que ganhou
22,41%. Outros ganhos chamativos na semana ficaram com
Aracruz PNB (20,50%), Cyrela
Realt ON (15,74%) e B2W Varejo ON (15,71%).
Um dado que chamou a atenção dos investidores ontem foi
o do crescimento da produção
brasileira de papel-cartão (usado na fabricação de embalagens, termômetro do nível de
atividade econômica), que se
expandiu em 44% em março.
Na ponta perdedora, quem liderou as baixas tanto ontem
como na semana foram as
ações da Cemig. Ontem, os papéis recuaram 3,40%; na semana, perderam 4,60%. A Cemig
anunciou a compra de cerca de
85% do capital votante da elétrica Terna -negócio estimado
em R$ 2,33 bilhões.
Outro papel com desempenho abaixo do mercado foi o da
CCR Rodovias, que caiu 1,48%
ontem e 2,60% na semana.
Se forem consideradas as
ações de maior peso da Bolsa,
as que mais subiram ontem foram BM&FBovespa ON (4,56%
de alta), Itaú Unibanco PN
(2,47%) e Vale PNA (1,59%).
Petrobras PN subiu 0,13%.
No mercado de câmbio, o dólar terminou o último dia de
negócios da semana cotado a
R$ 2,192. Com baixa de 1,22%, a
moeda passou a acumular desvalorização de 5,44% no mês.
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