São Paulo, sábado, 25 de abril de 2009

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Prejuízo da Ford recua para US$ 1,4 bi no 1º trimestre

GM, por outro lado, recebe mais US$ 2 bi do governo

DA REDAÇÃO

A Ford registrou perda de US$ 1,43 bilhão no primeiro trimestre, acima do previsto, mas o balanço da companhia foi considerado positivo, já que houve maior controle sobre o caixa no período.
A queima de caixa da Ford caiu de US$ 7,2 bilhões no último trimestre de 2008 para US$ 3,7 bilhões nos primeiros três meses deste ano. A montadora disse ainda que sua posição de caixa em 31 de março era de US$ 21,3 bilhões. Com o resultado, as ações da Ford subiram 11% ontem. A alta deve-se ao fato de que os investidores estão mais preocupados com a liquidez e capacidade da companhia de atravessar a crise do que com o lucro.
O diretor financeiro da Ford, Lewis Booth, disse ontem que a empresa está "muito segura de que conseguirá atravessar o ano". Ele afirmou ainda que a Ford não precisará recorrer a empréstimos do governo dos Estados Unidos. A montadora planeja cortar seus gastos em US$ 4 bilhões ao longo de 2009.
Mesmo com a queda de 37% em sua receita no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, a montadora encarou os resultados com otimismo.
"Mostram que o plano de recuperação está indo no caminho certo. Os resultados estão dentro do planejado para alcançar o equilíbrio financeiro em 2011", afirmou, em nota, o presidente da Ford Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira.

GM e Chrysler
Enquanto a Ford tenta seguir o ano sem ajuda governamental, a General Motors recebeu ontem mais US$ 2 bilhões do Tesouro dos Estados Unidos -o montante recebido do governo chega agora a US$ 15,4 bilhões-, enquanto a companhia busca implementar seu plano de reestruturação sem entrar em concordata.
No começo da semana, o governo dos Estados Unidos anunciou que colocaria US$ 5 bilhões à disposição da General Motors e mais US$ 500 milhões à Chrysler.
A GM tem até o dia 1º de junho para apresentar um plano de reestruturação ao governo.
Já a Chrysler tem um prazo mais curto -até o próximo dia 30- para selar um acordo com a Fiat para a formação de uma aliança. A montadora precisa ainda chegar a um entendimento com credores e trabalhadores que permita a redução de dívidas e custos trabalhistas.
A Chrysler vem operando com empréstimos de US$ 4 bilhões do governo.
Ontem, o sindicato dos trabalhadores automotivos do Canadá (CAW) anunciou um acordo de redução salarial com a empresa que equivale a 40 minutos de trabalho não remunerado por dia. O acordo ainda precisa ser ratificado.

Com agências internacionais



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