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Prejuízo da Ford recua para US$ 1,4 bi no 1º trimestre
GM, por outro lado, recebe mais US$ 2 bi do governo
DA REDAÇÃO
A Ford registrou perda de
US$ 1,43 bilhão no primeiro trimestre, acima do previsto, mas
o balanço da companhia foi
considerado positivo, já que
houve maior controle sobre o
caixa no período.
A queima de caixa da Ford
caiu de US$ 7,2 bilhões no último trimestre de 2008 para US$
3,7 bilhões nos primeiros três
meses deste ano. A montadora
disse ainda que sua posição de
caixa em 31 de março era de
US$ 21,3 bilhões. Com o resultado, as ações da Ford subiram
11% ontem. A alta deve-se ao fato de que os investidores estão
mais preocupados com a liquidez e capacidade da companhia
de atravessar a crise do que
com o lucro.
O diretor financeiro da Ford,
Lewis Booth, disse ontem que a
empresa está "muito segura de
que conseguirá atravessar o
ano". Ele afirmou ainda que a
Ford não precisará recorrer a
empréstimos do governo dos
Estados Unidos. A montadora
planeja cortar seus gastos em
US$ 4 bilhões ao longo de 2009.
Mesmo com a queda de 37%
em sua receita no primeiro trimestre em relação ao mesmo
período do ano anterior, a
montadora encarou os resultados com otimismo.
"Mostram que o plano de recuperação está indo no caminho certo. Os resultados estão
dentro do planejado para alcançar o equilíbrio financeiro
em 2011", afirmou, em nota, o
presidente da Ford Brasil e
Mercosul, Marcos de Oliveira.
GM e Chrysler
Enquanto a Ford tenta seguir
o ano sem ajuda governamental, a General Motors recebeu
ontem mais US$ 2 bilhões do
Tesouro dos Estados Unidos
-o montante recebido do governo chega agora a US$ 15,4
bilhões-, enquanto a companhia busca implementar seu
plano de reestruturação sem
entrar em concordata.
No começo da semana, o governo dos Estados Unidos
anunciou que colocaria US$ 5
bilhões à disposição da General
Motors e mais US$ 500 milhões à Chrysler.
A GM tem até o dia 1º de junho para apresentar um plano
de reestruturação ao governo.
Já a Chrysler tem um prazo
mais curto -até o próximo dia
30- para selar um acordo com
a Fiat para a formação de uma
aliança. A montadora precisa
ainda chegar a um entendimento com credores e trabalhadores que permita a redução
de dívidas e custos trabalhistas.
A Chrysler vem operando
com empréstimos de US$ 4 bilhões do governo.
Ontem, o sindicato dos trabalhadores automotivos do Canadá (CAW) anunciou um
acordo de redução salarial com
a empresa que equivale a 40
minutos de trabalho não remunerado por dia. O acordo ainda
precisa ser ratificado.
Com agências internacionais
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