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MERCADO FINANCEIRO
Leilão de títulos testa "apetite" por juros
da Reportagem Local
O Tesouro Nacional vai testar o
apetite do mercado de renda fixa
hoje, em um leilão de títulos públicos.
Serão colocados à venda um lote
de R$ 1 bilhão de LTNs (Letras do
Tesouro Nacional) de 98 dias (prefixados de três meses) e um lote de
R$ 2 bilhões de LFTs (Letras Financeiras do Tesouro) de 728 dias
(pós-fixados de 24 meses).
Na última quinta-feira, o governo resolveu cancelar um leilão de
LTNs de 91 dias (prefixadas). O
mercado estava pedindo juros
maiores do que o governo desejava pagar.
Posteriormente, o Tesouro decidiu cancelar também a venda de
um lote de títulos de seis meses,
que estava agendada para hoje.
O leilão de hoje (o primeiro desde que os juros caíram para 23,5%
ao ano), se a tendência for mantida, pode ser cancelado novamente, segundo operadores.
A julgar pelo mercado futuro, o
apetite dos investidores continua
voraz. No mercado DI, os contratos para junho (com vencimento
em julho) projetavam juros de
23,03% ao ano, no fechamento de
ontem.
A taxa é 0,53 ponto percentual
maior do que a de sexta-feira e somente 0,47 ponto percentual abaixo da taxa de juros do mercado (a
Selic).
O mercado DI é formado por
contratos futuros, lastreados em
depósitos interfinanceiros. A taxa
futura de 23,03% é a maior desde
12 de maio, quando registrou
24,03%.
A diferença é que, naquele dia,
os juros de mercado ainda estavam em 29,5%.
Os investidores apostavam que
havia espaço para uma queda de
cerca de cinco pontos percentuais
na taxa Selic.
A perspectiva agora é que os juros se mantenham, no mínimo,
inalterados. Para os contratos de
julho (vencimento em agosto), a
taxa prevista é de 23,25%.
Desde o início da crise na Argentina, os juros no DI estão crescendo cerca de 0,50 ponto percentual
por dia. Se mantida a tendência,
hoje eles vão alcançar a taxa Selic.
O mercado futuro de câmbio
também está pressionado. Para junho (contratos com vencimento
em julho), o valor da moeda norte-americano está cotado em R$
1,761, uma alta de 1,58% em relação a sexta-feira, e o maior patamar desde 27 de abril.
(MARCELO DIEGO)
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