São Paulo, Terça-feira, 25 de Maio de 1999
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PIB chileno cai 2,3% no 1º trimestre

das agências internacionais

O Chile registrou queda de 2,3% no PIB (Produto Interno Bruto) nos três primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 98. A informação foi divulgada ontem pelo banco central do país.
De acordo com o BC chileno, "essa queda mostra que a retração da atividade econômica está agora menos intensa se comparada ao último trimestre de 1998".
Nos últimos três meses de 98, o PIB encolheu 2,8%.
Esse resultado, no entanto, indica que a economia do Chile está em recessão -a primeira desde 1983.
No ano passado, o país teve crescimento econômico de 3,4%, o mais baixo da década. Em 97, a economia havia crescido 7,6%.
Os juros altos, o desaquecimento do comércio e a queda do consumo interno, resultantes da política de ajuste fiscal conduzida pelo presidente Eduardo Frei desde o início do ano passado, vêm sendo apontados como os responsáveis pela recessão.
O país cortou 14% dos investimentos previstos no setor produtivo.
Os demais gastos do governo tiveram redução de 12,9%, segundo dados do BC chileno.
O país foi atingido em cheio pela crise nos mercados asiáticos, aos quais destina um terço de suas exportações.
O presidente chileno, em discurso no Parlamento, ressaltou que o "pior da crise já passou" e que o país começará, a partir de agora, a se recuperar.
Os economistas, no entanto, não acreditam na recuperação da economia chilena antes de junho.
Outro sinal de que o país está em recessão é a queda, em março, de 2% no Imacec, índice que mede mensalmente o nível de atividade econômica do país.
É a sexta vez consecutiva que o Chile registra queda na atividade econômica.
Os dados divulgados pelo BC chileno contrariam as estimativas feitas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que prevêem crescimento de 2% do PIB chileno em 99.
O vice-diretor do FMI, Stanley Fischer, chegou a cogitar, há duas semanas, na revisão -para cima- da previsão de crescimento do Chile.

Superávit na Colômbia
A Colômbia anunciou ontem que registrou, em março deste ano, o primeiro superávit comercial em sete anos.
As exportações superaram as importações em US$ 108,9 milhões no mês, resultado da queda de 36,7% no volume importado pelo país.
No primeiro trimestre, o superávit foi de US$ 71,7 milhões.
As informações são do Departamento Nacional de Estatísticas da Colômbia.



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