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DÍVIDA
Dono afirma que a falência da empresa deverá ser decretada
G. Aronson admite que rede de lojas está com os dias contados
da Reportagem Local
Girsz Aronson, 82, dono da G.
Aronson, está contando nos dedos
os dias em que as seis lojas que sobraram da rede vão permanecer
abertas.
Em concordata desde janeiro de
98, Aronson deveria ter pago a primeira parcela da dívida, que já
chega a R$ 40 milhões, em janeiro
de 99.
Sem condições de quitar o débito, de aproximadamente R$ 13 milhões, Aronson diz que aguarda no
momento o dia da decretação da
falência da empresa.
"Desta vez está muito difícil dar a
volta por cima. As vendas estão
ruins e não tenho mais variedade
de mercadorias para vender."
Para ter "um pouco" de produtos
nas lojas, diz, a empresa está sendo
obrigada a recorrer a atacadistas e
a concorrentes. A rede só pode sair
dessa situação, diz, se conseguir
um sócio.
José Basano Netto, advogado que
pediu a concordata da G. Aronson,
diz que existem interessados, mas
eles estão avaliando a situação financeira da empresa.
Aronson está sem esperança. A
Lojas do Gugu assumiu recentemente três pontos de shopping
centers. Heraldo Infante, diretor
da Lojas do Gugu, diz que Aronson
rescindiu os contratos das lojas e a
Lojas do Gugu assumiu os pontos.
"Não temos intenção de comprar a
rede. O passivo é muito alto", afirma Infante. Aronson diz que só sai
da loja quando as portas fecharem
e lamenta o fato de deixar de herança para os filhos uma empresa
falida.
Vendedor de bilhetes
Aronson é comerciante desde os
12 anos, quando se transformou
no maior vendedor de bilhetes de
loteria de Curitiba (PR).
A empresa G. Aronson foi aberta
em 1944 para ser representante de
vendas de uma empresa carioca de
casacos de pele. Em 60, ele abriu
uma loja especializada em produtos infantis. No ramo de eletrodomésticos ele entrou alguns anos
depois.
(FF)
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