São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 2006

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Bolsa de SP interrompe seqüência de quedas

Alta da Bovespa ontem foi de 0,8%; dólar vai a R$ 2,154

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Apenas uma alta forte no pregão de hoje evitará que a Bolsa de Valores de São Paulo termine a semana com perdas acumuladas. Apenas ontem a Bovespa interrompeu uma seqüência de cinco quedas e encerrou as operações com valorização de 0,80%.
Mas, na semana, o Ibovespa (o índice mais importante da Bolsa) registra queda de 4,67%.
Nos últimos dois dias, os investidores se mostraram mais temerosos em relação à possibilidade de a economia norte-americana estar mais desaquecida que o desejado.
Para os emergentes, como o Brasil, um cenário de desaquecimento pode representar um menor fluxo de investimentos para os seus mercados.
Novos dados do mercado imobiliário americano, apresentados ontem, voltaram a sugerir que a economia do país está se desacelerando rapidamente. As vendas de moradias novas nos Estados Unidos recuaram 4,3% em julho em relação ao mês anterior -queda mais forte que a esperada pelo mercado.

Petróleo
Mas a pressão sobre o preço do barril de petróleo ontem favoreceu a alta de ações do setor energético no exterior e no Brasil, ajudando a evitar a queda das Bolsas.
Nos Estados Unidos, as ações da Exxon Mobil e da Chevron subiram 1,57% e 1,56%, respectivamente. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou com pequena elevação de 0,06%.
Na Bovespa, a ação preferencial da Petrobras subiu 1,16%. O papel da petrolífera foi o mais negociado do pregão, com quase 4.000 operações realizadas, e concentrou 15% do volume girado na Bovespa.
Nos outros mercados latino-americanos, as Bolsas fecharam em terrenos distintos.
Em Buenos Aires, o índice Merval subiu 0,51%. A Bolsa do México fechou praticamente estável (0,04%), e a do Chile recuou 0,24%.
O dólar terminou as operações de ontem com alta moderada (0,09%) diante do real, vendido a R$ 2,154.
A nova onda de pessimismo em relação à economia americana fez com que o risco-país brasileiro acabasse por subir, afastando-se do piso de 200 pontos que tentou romper há poucas semanas. Ontem, o risco teve alta de 1,35%, indo a 226 pontos. O risco mexicano subiu 0,93% ontem (108 pontos), e o argentino, 0,61% (331 pontos).


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