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São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Perdas da Bolsa paulista ontem ficaram em 2,35%; somente ações da Petrobras fecharam em alta

Bovespa cai com baixa de Bolsas dos EUA

DA REPORTAGEM LOCAL

Em mais um dia de baixas, apenas as ações da Petrobras conseguiram fechar com ganho no pregão da Bolsa paulista de ontem.
O Ibovespa, índice formado pelas 54 ações mais negociadas, fechou com recuo de 2,35%.
As perdas de ontem foram influenciadas pelas quedas das Bolsas norte-americanas. O Dow Jones perdeu 1,57%. A Nasdaq fechou com baixa de 3,05%.
O mau dia do mercado foi reflexo da decisão da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de reduzir a produção diária de petróleo.
A notícia fez a cotação do produto disparar e, no país, deu algum fôlego às ações da Petrobras. O papel ON da empresa subiu 1,3%, e o PN, 0,9%.
Na semana, a baixa acumulada da Bolsa já chega a 4,7%.
As maiores baixas do pregão ficaram com ações que haviam subido muito nos últimos dias. A maior perda foi do papel com direito a voto da Light (-11%). Em seguida vieram as ações preferenciais da Net (-7,8%).
A expressiva redução promovida pelo Banco Central na renovação da dívida cambial ontem não foi suficiente para pressionar o dólar. A moeda norte-americana fechou estável, a R$ 2,923.
O BC renovou apenas 13% de uma dívida de US$ 2,34 bilhões, que vence no dia 1º. Com isso, o BC retira do mercado cerca de US$ 2 bilhões em papéis cambiais. Esses títulos poderiam ser utilizados pela instituições financeiras como forma de hedge (proteção contra o sobe-e-desce da moeda). Na abertura dos negócios, o dólar chegou a subir 1,23%. Mas a entrada de recursos no mercado de câmbio fez a cotação perder força. Além dos dólares provenientes das exportações, as captação privadas no mercado internacional continuam fortes. Ontem foi a vez de a Odebrecht anunciar a captação de US$ 100 milhões por meio de eurobônus.
No início da próxima semana, nos dias que antecedem o vencimento da dívida em parte renovada ontem, o dólar deve sentir alguma pressão, resultante das investidas das instituições financeira interessadas em fazer a Ptax (média diária do dólar medida pelo BC) subir. É pelo valor da Ptax que o BC calcula quantos reais serão pagos por cada título cambial que vence e não é rolado.
(FABRICIO VIEIRA)


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