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Dirceu critica carga tributária e defende meta maior de superávit
DA FOLHA ONLINE
O ministro da Casa Civil, José
Dirceu, classificou ontem de inaceitável a carga tributária no país e
disse que ela representa um entrave para o financiamento de investimentos no país.
No entanto o ministro afirmou
que o país não tem como reduzir
o peso dos impostos porque o
país tem uma demanda de investimento social e de infra-estrutura. "E tem essa demanda do serviço da dívida", disse ele durante almoço promovido pela Câmara de
Comércio França-Brasil.
Segundo ele, o governo brasileiro vem adotando medidas para
aliviar o peso dos impostos para
os empresários, como a redução
da carga tributária para incentivar
os impostos, anunciadas anteontem pelo ministro da Fazenda,
Antonio Palocci Filho.
"O anúncio do ministro Palocci
é uma seqüência das medidas que
estamos adotando há mais de 30
dias, como a desoneração dos investimentos", disse.
Dirceu afirmou que, apesar de
não poder reduzir a carga tributária, o governo quer melhorar o
perfil dos impostos. "O governo é
consciente da qualidade da carga
tributária", declarou.
Depois de atacar uma possível
elevação dos juros, antes que ela
fosse concretizada na semana
passada, Dirceu preferiu ser mais
comedido ao falar de política monetária.
Ele chegou a defender ontem a
elevação dos juros. "Na nossa avaliação [governo] era necessário
tanto o aumento dos juros como
do superávit primário."
Crescimento facilitado
Segundo o ministro, a ampliação do esforço fiscal vai facilitar o
crescimento econômico em 2005.
"O presidente Lula tomou a decisão correta no momento correto, que vai viabilizar um crescimento em 2005 no mesmo patamar do de 2004", afirmou.
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