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Unctad prevê queda de 27% nos
investimentos diretos mundiais
DA REDAÇÃO
Os investimentos estrangeiros
diretos (IED, os recursos aplicados na produção) devem cair 27%
neste ano em comparação a 2001,
para US$ 534 bilhões, de acordo
com estimativa divulgada ontem
pela Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e
Desenvolvimento).
Na América Latina, o IED cairá
pelo terceiro ano consecutivo. Deverão entrar na região neste ano
US$ 62 bilhões, ante US$ 85 bilhões em 2001.
O ingresso no Brasil ficará estável, em torno de US$ 20 bilhões.
Assim, o país voltará a ser o principal destino dos investimentos
produtivos na região. O México,
que liderou no ano passado, deverá receber US$ 14 bilhões.
O relatório estima ainda que a
China roubará dos EUA, pela primeira vez, o posto de principal
destino dos investimentos diretos
internacionais.
Segundo a Unctad, a China deverá atrair US$ 50 bilhões em IED,
enquanto os EUA receberão cerca
de US$ 44 bilhões. Os países desenvolvidos serão os mais atingidos pela redução nos investimentos, com uma queda de 31%. Nos
países em desenvolvimento, a entrada de capitais sofrerá um recuo
em torno de 23%.
Menos negócios
De acordo com o órgão para comércio da ONU, boa parte dessa
redução se deve a uma diminuição nas fusões e aquisições de empresas. Segundo a Unctad, entre
janeiro e setembro, tais operações
tiveram uma queda de 45%.
Com a queda no valor das ações
nos EUA e na Europa, o valor de
mercado das empresas passou
por uma forte depreciação. Isso
minou a capacidade das empresas
de investir em ampliações, novas
instalações e aquisições. Além
disso, as principais economias do
planeta passam por um período
de estagnação.
A Unctad analisou 85 países.
Entre os 25 desenvolvidos, os países que mais perderão recursos
serão o Reino Unido e os EUA.
Na África, haverá uma queda
classificada de "dramática", de
US$ 17 bilhões para US$ 6 bilhões.
Na Ásia, o investimento estrangeiro direto recuará cerca de 12%,
prevê a Unctad.
Com agências internacionais
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