A crise do Brasil com a Bolívia pode aumentar bastante o risco de racionamento de energia no país, a partir de 2009. A Bolívia já não tem, hoje, capacidade de atender todos os contratos firmados para o fornecimento de gás, e, sem acordo com a Petrobras e com outros produtores, a situação tende a piorar ainda mais. Os investimentos no país para aumento da produção de gás estarão sacrificados.
Ao fazer essa análise, o consultor Marco Tavares, sócio diretor da Gás Energy e um dos maiores especialistas no assunto do país, afirma que o governo brasileiro já deveria estar adotando medidas com o objetivo de reduzir o consumo de água para evitar uma nova crise de racionamento no final desta década. "Nós já deveríamos ter começado a poupar água", diz.
A Bolívia dispõe de uma capacidade de fornecimento de 34.000.000 m3 diários, mas tem contratos firmados de 41.000.000 m3. Apenas com o Brasil os contratos superam a casa dos 30.000.000 m3, e, com a Argentina, 7.700.000 m3.
Só essa situação de desbalanceamento já seria preocupante. Agora, com a possibilidade de rompimento dos produtores com o governo boliviano, tornam-se muito menores as chances de a Bolívia ampliar a produção, a curto ou médio prazos.
Para o Brasil, o grande problema do corte de gás da Bolívia será o abastecimento das termelétricas, que, assim, não poderão ser acionadas no caso de uma emergência. O governo não pode contar mais com as termelétricas como reserva, caso haja problemas nos reservatórios. A Aneel até já pôs em audiência pública uma resolução para discutir a possibilidade de as térmicas saírem do sistema elétrico.
De acordo com Marco Tavares, o risco de racionamento torna-se ainda mais sério se a economia brasileira crescer acima de 3,5% ao ano, a partir de 2007. Sem as térmicas disponíveis para a operação e com crescimento acima de 3,5% nos próximos dois ou três anos, isso causaria um estrangulamento na oferta de energia, e o racionamento seria quase inevitável.

Festa do Top of Mind reúne 900 pessoas em SP

Cerca de 900 pessoas estiveram na entrega do prêmio Folha Top of Mind, que terminou com show de Lulu Santos, no Tom Brasil - Nações Unidas, em São Paulo.
Omo, Coca-Cola e Nestlé dividiram novamente o Top do Top e confirmaram suas marcas como as mais lembradas pelos brasileiros.
O prêmio, em seu 16º ano, é feito a partir de pesquisa do Datafolha em todos os Estados do país.
"Para uma marca que está há tanto tempo no mercado, manter a posição de mais lembrada prova que estamos sempre nos reinventando", avaliou Luciana Feres, diretora de marketing da Coca-Cola Brasil.
Para Mario Castelar, diretor de comunicação e serviços de marketing da Nestlé, a premiação mede o relacionamento com a sociedade. "Por ser uma pesquisa feita por um instituto independente, é muito significativa."
Segundo Priya Patel, diretora de marketing da área de higiene e limpeza da Unilever, responsável pela Omo, o fato de a marca ter ganhado pela 14ª vez mostra "investimento em conhecer o que a consumidora quer".
O Top Performance ficou com a pasta Colgate.

FRANGO E F-1
O frango-símbolo da Sadia, que subiu ao palco para receber o prêmio da Qualy (categoria margarina, dividido com Doriana), e um carro de Fórmula 1, levado pela Petrobras, chamaram a atenção na entrega do Folha Top of Mind, que estreou dois prêmios: o Top Classe A (Brastemp) e o Top Feminino (Seda). A Seda também venceu o Top Teen. "Isso mostra que promovemos uma beleza democrática", disse Andrea Rolim, diretora de marketing da Unilever.

RESPOSTAS
Será lançado no Brasil, em novembro, pela editora Campus/Elseviero, o livro "Paixão por Vencer: As Respostas", de Jack e Suzy Welch. Dividido em seis partes, o volume debate questões como liderança, princípios e práticas de gestão, empresas familiares e competição global. Ex-presidente da General Electric, Jack Welch estará no país no próximo dia 7, quando participa da ExpoManagement, em São Paulo.

GASTRONOMIA EM NY
Acaba de ser lançada a segunda edição do "Guia Michelin de Nova York". Três restaurantes conseguiram entrar na principal categoria, a de três estrelas: Jean Georges, Per Se e Le Bernardin. Há quatro nomes na lista de duas estrelas: Bouley, Daniel (do chef Daniel Boulud), Masa e Del Posto.

INADIMPLÊNCIA
A inadimplência de pessoa jurídica voltou a cair em setembro. Segundo a Serasa, foi registrada baixa de 6,8% na comparação com agosto deste ano. Os títulos protestados tiveram a maior participação ( 40,1%), seguidos por cheques sem fundos (39,7%) e dívidas com os bancos (20,3%). Segundo a avaliação dos técnicos da Serasa, o aquecimento sazonal da atividade econômica, no segundo semestre, e a melhora no poder de compra do consumidor contribuíram para a segunda queda consecutiva da inadimplência das empresas.

DANÇA DAS CADEIRAS
O presidente Lula já começou as articulações para compor o seu ministério no novo governo, caso seja reeleito. Alfredo Nascimento, hoje no PL, deve migrar para o PMDB e voltar a ocupar o Ministério dos Transportes. Os nomes de Ciro Gomes e Marta Suplicy são praticamente certos para as pastas da Saúde e das Cidades. Para a Agricultura, Lula está em busca de um "nomão". O mais cotado é Delfim Netto. São grandes as chances de permanência de Guido Mantega e de Henrique Meirelles na Fazenda e no Banco Central.

SONDAGEM
Metade das grandes empresas que responderam à Sondagem Industrial da CNI feita entre 3 e 20 de outubro -pesquisa trimestral que será divulgada hoje- afirmam enfrentar o câmbio como um dos principais problemas. No trimestre anterior, eram 48%.

OPINIÃO FEMININA
A Ford leva hoje ao Salão do Automóvel seu "comitê feminino", formado por executivas e empresárias. Elas avaliarão o Edge, novo "cross-over" da montadora, recém-lançado nos EUA.

EXPANSÃO NO AR
A OceanAir vai incorporar à sua frota quatro Boeings-767/300 ER, dois 757/200 ER e seis Fokker-MK/28 no primeiro trimestre de 2007. O anúncio de ampliação da frota será feito durante a Abav 2006 (34ª exposição de turismo e congresso de agências), amanhã, no Rio.

ALÔ BARATINHO
A Oi começa a apostar nas classes D e E. A empresa lança nesta semana recargas de créditos pré-pagos com valor a partir de R$ 1, incluindo centavos, em diversas redes de varejo do país.


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