São Paulo, domingo, 25 de novembro de 2001

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Gol paga em dia contas da Infraero e do INSS

DA REPORTAGEM LOCAL

A Gol, novata entre as companhias aéreas, está em dia com a Infraero e com o INSS. O mesmo não se pode dizer de outras empresas de aviação. Varig, Vasp e Transbrasil acumulam dívidas de R$ 2,036 bilhões com os dois órgãos públicos. A conta se refere a débitos antigos, que estão sendo renegociados ou em processo judicial. O montante de dívidas pode aumentar. Além de débitos antigos, há inadimplência nova.
Além disso, a procuradoria dos grandes devedores do INSS resolveu dar prioridade à fiscalização em companhias aéreas em razão do grande volume de recursos que elas devem. No momento, estão sendo realizadas fiscalizações na Varig, Vasp e Transbrasil.
Na Transbrasil, os últimos recolhimentos ao INSS são tão baixos que motivaram os fiscais a checar se a empresa está deixando de recolher o dinheiro que desconta dos salários.
A Varig deve R$ 531 milhões ao INSS, enquanto o débito da Vasp é de R$ 586 milhões e o da Transbrasil é de R$ 330 milhões. As empresas procuraram o governo para tentar renegociar a dívida, participar do programa Refis e, deste modo, regularizar sua situação.
Só assim, elas podem obter documentos de que estão em dia com o governo. Essa é uma condição para que elas possam participar de concorrências públicas, além de facilitar seu acesso ao crédito privado. No entanto, as negociações estão emperrando.
A Transbrasil e a Vasp pediram para entrar no Refis, mas foram excluídas pelo governo. Segundo um porta-voz da Vasp, a empresa está, no momento, negociando pela segunda vez sua participação no Refis. A empresa não estaria inadimplente junto ao INSS, mas estaria pagando apenas o referente às parcelas do Refis.
As empresas também renegociaram suas dívidas com a Infraero. A Varig deve R$ 120 milhões. Deu como garantias de pagamento suas receitas futuras e ganhou seis meses de carência. A Transbrasil, que deve R$ 90 milhões, fez acordo parecido. A Vasp discute na Justiça débito de R$ 289 milhões e quer renegociar outra dívida, de R$ 90 milhões.


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