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Crise do leite em Minas valoriza marcas conhecidas, diz executivo
DA FOLHA RIBEIRÃO
A crise nas duas cooperativas
de leite de Minas Gerais não
causou impactos às empresas
que produzem o leite longa vida
ou pasteurizado na região de
Ribeirão e serviu para valorizar
a imagem de marcas conhecidas, segundo elas próprias.
Na Jussara, o diretor comercial, Laércio Barbosa, disse que
o setor se recuperou após a
queda de 10% registrada nas semanas seguintes às irregularidades apontadas na Copervale
e Casmil. "Já passou a fase inicial, de dúvida para o consumidor. O mercado foi se recuperando e agora estamos trabalhando nos volumes normais
de longa vida", afirmou.
Ele disse ainda que a crise
serviu para reforçar as marcas
mais tradicionais. "O consumidor está muito mais exigente
em relação a marcas que ele
não conhece. Antes não tinha
tanta preocupação, o leite longa vida era meio que commodity, o consumidor não dava
muita bola para marca, achava
que era tudo muito igual. Depois [da crise], ele está valorizando as marcas que conhece.
Isso, para a gente, foi muito
bom, por incrível que pareça."
Já o diretor industrial da Nilza, Marcelo Nogueira, afirmou
que a demanda cresceu em relação a outubro, quando a fraude foi apontada. "A crise não é
positiva, mas não tivemos problemas", disse.
Na Coonai, que capta leite
em 57 cidades e vende em cerca
de 80, as vendas do leite de saquinho cresceram 30%, de
acordo com o vice-presidente
Marcelo Avelar.
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