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Setor financeiro é ponto frágil chinês
DA REPORTAGEM LOCAL
"O crescimento econômico da
China é absolutamente sustentável", disse à Folha o economista
Loren Brandt, professor da Universidade de Toronto, no Canadá.
Segue Brandt: ""O país mantém
alta taxa de poupança interna.
Embora haja problemas no setor
financeiro, que não aloca crédito
de forma eficiente, o sistema informal da economia tem conseguido resultados na busca de fontes alternativas de crédito. O aumento do investimento direto estrangeiro também contribui para
que o crescimento prossiga."
Brandt faz coro ao grupo de
analistas que aponta o setor bancário como o ponto de maior vulnerabilidade. Ao longo de décadas prevaleceram decisões políticas sobre análises técnicas. Resultado: em 1999, quando o governo
iniciou a limpeza do sistema financeiro, vieram à tona US$ 150
bilhões em créditos podres.
O crescimento econômico chinês não é geograficamente homogêneo. "O charme é o litoral", diz
Antonio Manfredini, da FGV-SP.
De fato, nessa região estão situadas as Zonas Econômicas Especiais, áreas que concentram investidores estrangeiros atraídos pela
mão-de-obra abundante e barata.
A baixa remuneração dos trabalhadores chineses tem sido umas
das principais vantagens competitivas da China. "É o caminho natural das economias em desenvolvimento explorar o fator econômico mais abundante e começar
produzindo bens pouco sofisticados. O mesmo foi feito pelo Japão
nos anos 50 e pela Coréia do Sul
nos anos 70", diz Manfredini.
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