UOL


São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Setor financeiro é ponto frágil chinês

DA REPORTAGEM LOCAL

"O crescimento econômico da China é absolutamente sustentável", disse à Folha o economista Loren Brandt, professor da Universidade de Toronto, no Canadá.
Segue Brandt: ""O país mantém alta taxa de poupança interna. Embora haja problemas no setor financeiro, que não aloca crédito de forma eficiente, o sistema informal da economia tem conseguido resultados na busca de fontes alternativas de crédito. O aumento do investimento direto estrangeiro também contribui para que o crescimento prossiga."
Brandt faz coro ao grupo de analistas que aponta o setor bancário como o ponto de maior vulnerabilidade. Ao longo de décadas prevaleceram decisões políticas sobre análises técnicas. Resultado: em 1999, quando o governo iniciou a limpeza do sistema financeiro, vieram à tona US$ 150 bilhões em créditos podres.
O crescimento econômico chinês não é geograficamente homogêneo. "O charme é o litoral", diz Antonio Manfredini, da FGV-SP.
De fato, nessa região estão situadas as Zonas Econômicas Especiais, áreas que concentram investidores estrangeiros atraídos pela mão-de-obra abundante e barata.
A baixa remuneração dos trabalhadores chineses tem sido umas das principais vantagens competitivas da China. "É o caminho natural das economias em desenvolvimento explorar o fator econômico mais abundante e começar produzindo bens pouco sofisticados. O mesmo foi feito pelo Japão nos anos 50 e pela Coréia do Sul nos anos 70", diz Manfredini.

Texto Anterior: Comércio Exterior: Negócio na China seduz e expõe Brasil a armadilhas
Próximo Texto: Joint ventures atraem Embraer e Marcopolo
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.