UOL


São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Joint ventures atraem Embraer e Marcopolo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Embraer se perfila no grupo de indústrias brasileiras obrigadas a procurar parcerias para explorar o mercado chinês.
Em dezembro passado, a fabricante de aviões concluiu as negociações com a estatal Avic 2 (Aviation Industry Corporation) para formação de uma joint venture, com capital de US$ 25 milhões.
A Embraer detém 51% das ações e o restante ficará em poder dos chineses. Com sede em Harbin, a fábrica montará aeronaves ERJ-135, ERJ-140 e ERJ-145, de 37 a 50 assentos. Segundo previsões da Embraer, o mercado local pode absorver até 300 aeronaves em 10 anos.
A Marcopolo, fabricante de carrocerias de ônibus, associou-se à Iveco, braço da Fiat, para ingressar no novo mercado. Na prática, a Marcopolo será fornecedora de componentes para a Iveco, que, por sua vez, fabricará os ônibus em parceria com a CBC, estatal chinesa. O contrato de sete anos deverá render US$ 12 milhões à empresa brasileira.
Para se resguardar dos riscos de os ""parceiros" chineses se converterem de imediato em concorrentes em outros mercados, a empresa brasileira estabeleceu que, durante o contrato, os 6.000 veículos que deverão ser produzidos por ano serão comercializados apenas no mercado chinês. Ao final dos sete anos, a Marcopolo pretende associar-se a uma estatal chinesa e montar sua própria subsidiária no país.

Texto Anterior: Setor financeiro é ponto frágil chinês
Próximo Texto: Energia: Programa do governo FHC esvazia Furnas
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.