São Paulo, terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

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Vaivém das commodities

mzafalon@folhasp.com.br

SEM QUEDA As receitas com as exportações de carnes no período de 11 a 24 não mantiveram o forte ritmo do início do mês, quando o país ainda embarcava antecipações de compras feitas pelos europeus em janeiro. Eles já previam o fechamento do mercado brasileiro. Mesmo assim, a média diária deste mês supera a de janeiro, quando as exportações foram recordes.

MENOS DIAS Dados da Secex indicaram que a média diária deste mês está em US$ 54,5 milhões, 30,5% mais do que em igual período de 2007 e 15% acima dos valores de janeiro último. No saldo total, no entanto, janeiro deve obter receita maior porque tem mais dias úteis.

AINDA AQUECIDOS Soja e milho voltaram a registrar recordes de preços ontem no mercado futuro de Chicago. O milho, com estoques estreitos e previsão de área menor de plantio nos Estados Unidos, foi a US$ 5,33 por bushel na Bolsa de Chicago.

CURTOS A soja, ao ser negociada a US$ 14,52 por bushel, também atingiu preço recorde ontem em Chicago. Além das exportações em ritmo maior do que em 2007, Anderson Galvão, da consultoria Céleres, acrescenta que "a posição agressiva de compra dos fundos de investimento" auxilia na aceleração dos preços.

PARTICIPAÇÃO
Os dados da CFTC -a comissão que regulamenta os mercados futuros nos EUA- indicam que, na terça-feira, existiam 878,4 mil contratos de soja em aberto. A posição comprada líquida dos fundos especulativos somava 139,4 mil contratos.

TIRO NO PÉ?
A recente aprovação de duas variedades de milho transgênico pelo Conselho Nacional de Biossegurança pode jogar o Brasil na "vala comum" do mercado internacional do grão. Esse é o receio de Marco Antônio de Carvalho, técnico de planejamento da Conab.

EXIGÊNCIAS
As lavouras transgênicas "podem criar um problema com a União Européia, comprador mais exigente quando o assunto é qualidade", diz Carvalho, que monitora o avanço das lavouras de milho nos levantamentos periódicos da Conab.

CUSTOS TRANSGÊNICOS
Estudo da CRA (Confederações Rurais Argentinas) pode ser uma ducha de água fria para quem ficou feliz com a possível redução de custos de produção do milho, após a liberação dos transgênicos no Brasil. O custo do glifosato subiu 137% nesta safra. Ganhou até dos fertilizantes: 120%.


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