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Título de dívida
de banco é regulamentado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O CMN (Conselho Monetário Nacional) regulamentou ontem a emissão
de títulos de dívida de bancos no mercado doméstico, chamados de letras financeiras. Os novos papéis terão valor mínimo de
R$ 300 mil e vencimento
em pelo menos 24 meses.
As instituições financeiras que já podiam emitir
esse tipo de título no mercado externo foram autorizadas pela medida provisória 472, em dezembro, a
negociar também dentro
do país, mas ainda dependiam das regras a serem
estipuladas pelo CMN.
Com o objetivo de permitir que os bancos captem recursos de médio e
longo prazo, as LFs foram
regulamentadas para estimular a concessão, por
parte dessas instituições,
de crédito também com
maior prazo, sobretudo
para investimentos.
Nesse sentido, ao contrário de outros papéis negociados no mercado, as
letras financeiras não poderão ser resgatadas antes
do vencimento, cujo limite
mínimo é de dois anos. No
entanto, o banco emissor
terá a opção de recomprar
até 5% dos títulos lançados antes desse prazo.
Além disso, as LFs poderão gerar o pagamento de
cupons aos investidores
de seis em seis meses. Mas
a remuneração dos títulos
não poderá ocorrer pela
variação cambial, ou seja,
todos os papéis deverão
ser emitidos em reais.
Balanço do BC
O CMN também aprovou o balanço do Banco
Central referente ao ano
passado, que registrou lucro de R$ 5,609 bilhões,
ante R$ 13,345 bilhões
apurados em 2008. O resultado decorre principalmente da diferença entre
os juros recebidos e os pagos pela autoridade monetária em operações de títulos no mercado local.
O primeiro semestre de
2009 havia fechado com
prejuízo de R$ 942 milhões, mas o bom desempenho na segunda metade
do ano, com lucro de R$
6,551 bilhões, reverteu o
resultado.
O balanço cita o retorno
do BC às compras de moedas estrangeiras no mercado à vista a partir do segundo trimestre de 2009,
totalizando US$ 27,6 bilhões, numa reversão em
relação às medidas tomadas no auge da crise para
dar liquidez no mercado.
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