São Paulo, sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

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Depois de 7 anos, Previ começa a decidir substituto de Rosa

SAMANTHA LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

Depois de sete anos, o petista Sérgio Rosa se prepara para deixar, no dia 31 de maio, a presidência do maior fundo de pensão do país, a Previ, dos funcionários do Banco do Brasil. O cargo é preenchido oficialmente por indicação do banco. Na prática, obedecerá à determinação do PT. Haverá também troca em duas diretorias, por voto dos associados.
O nome mais cotado para substituí-lo é o de Joílson Ferreira Rodrigues, hoje diretor de participações da Previ, uma das mais importantes, dizem fontes próximas ao fundo.
Outro nome cotado é o diretor de investimentos, Fábio Moser. Os dois assumiram as diretorias há dois anos.
As apostas, porém, recaem mais fortemente sobre Ferreira, por ser visto como detentor de maior trânsito político. Ferreira é próximo ao deputado federal petista Ricardo Berzoini, e seu nome, aliás, consta na lista de doadores na última campanha eleitoral feita pelo deputado, com aporte de R$ 2.000. Moser é mais visto como de perfil técnico.
Ferreira é formado em direito pela USP e pós-graduado em finanças corporativas pela Fundação Getulio Vargas. Na Previ, foi chefe de gabinete de Sérgio Rosa entre 2003 e 2004. Antes de assumir a diretoria de participações, ocupava a gerência-executiva da diretoria de mercado de capitais no Banco do Brasil Investimentos.
As duas diretorias que ficarão vagas, de administração e de planejamento, serão preenchidas por votação que indicará ocupantes de outros 12 cargos. As chapas deverão trazer candidatos para as 14 vagas.
A Previ informará quantas chapas concorrerão e quais os principais nomes na próxima segunda-feira. Um dos nomes apontados como líder de uma das chapas, próxima à situação, é o do bancário aposentado Paulo Assunção, que concorre à diretoria de administração.
A campanha eleitoral começa no dia 5 de abril. A votação ocorrerá entre os dias 17 e 27 de maio. Os mandatos começam no dia 1º de junho e duram quatro anos.
Com R$ 142 bilhões em patrimônio, a Previ tem 300 mil beneficiários e participação em inúmeras empresas, desde a gigante Vale, em que é uma das controladoras, até investimentos mais problemáticos, como o resort Costa do Sauipe (BA), que há dois anos tenta vender. Joílson cuida exatamente das participações societárias relevantes que o banco tem nessas e em outras empresas.
Rosa, 50, é jornalista e filiado ao PT desde 1981. Foi vereador entre 1995 e 1996 e presidente da Confederação Nacional dos Bancários entre 1994 e 2000. Além do comando da Previ, exerce também a presidência do Conselho de Administração da Vale, onde fica até 2011.


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