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Depois de 7 anos, Previ começa a decidir substituto de Rosa
SAMANTHA LIMA
DA SUCURSAL DO RIO
Depois de sete anos, o petista
Sérgio Rosa se prepara para
deixar, no dia 31 de maio, a presidência do maior fundo de
pensão do país, a Previ, dos funcionários do Banco do Brasil. O
cargo é preenchido oficialmente por indicação do banco. Na
prática, obedecerá à determinação do PT. Haverá também
troca em duas diretorias, por
voto dos associados.
O nome mais cotado para
substituí-lo é o de Joílson Ferreira Rodrigues, hoje diretor de
participações da Previ, uma das
mais importantes, dizem fontes próximas ao fundo.
Outro nome cotado é o diretor de investimentos, Fábio
Moser. Os dois assumiram as
diretorias há dois anos.
As apostas, porém, recaem
mais fortemente sobre Ferreira, por ser visto como detentor
de maior trânsito político. Ferreira é próximo ao deputado federal petista Ricardo Berzoini,
e seu nome, aliás, consta na lista de doadores na última campanha eleitoral feita pelo deputado, com aporte de R$ 2.000.
Moser é mais visto como de
perfil técnico.
Ferreira é formado em direito pela USP e pós-graduado em
finanças corporativas pela
Fundação Getulio Vargas. Na
Previ, foi chefe de gabinete de
Sérgio Rosa entre 2003 e 2004.
Antes de assumir a diretoria de
participações, ocupava a gerência-executiva da diretoria de
mercado de capitais no Banco
do Brasil Investimentos.
As duas diretorias que ficarão vagas, de administração e
de planejamento, serão preenchidas por votação que indicará
ocupantes de outros 12 cargos.
As chapas deverão trazer candidatos para as 14 vagas.
A Previ informará quantas
chapas concorrerão e quais os
principais nomes na próxima
segunda-feira. Um dos nomes
apontados como líder de uma
das chapas, próxima à situação,
é o do bancário aposentado
Paulo Assunção, que concorre à
diretoria de administração.
A campanha eleitoral começa no dia 5 de abril. A votação
ocorrerá entre os dias 17 e 27 de
maio. Os mandatos começam
no dia 1º de junho e duram quatro anos.
Com R$ 142 bilhões em patrimônio, a Previ tem 300 mil
beneficiários e participação em
inúmeras empresas, desde a gigante Vale, em que é uma das
controladoras, até investimentos mais problemáticos, como o
resort Costa do Sauipe (BA),
que há dois anos tenta vender.
Joílson cuida exatamente das
participações societárias relevantes que o banco tem nessas
e em outras empresas.
Rosa, 50, é jornalista e filiado
ao PT desde 1981. Foi vereador
entre 1995 e 1996 e presidente
da Confederação Nacional dos
Bancários entre 1994 e 2000.
Além do comando da Previ,
exerce também a presidência
do Conselho de Administração
da Vale, onde fica até 2011.
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