São Paulo, sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010 |
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Vaivém das commodities MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br FALTA DE SERIEDADE A indústria de carne bovina, que vem tendo atritos com os europeus, pode enfrentar mais um sério problema. Um frigorífico de Mato Grosso adulterou o certificado sanitário internacional de carne que foi enviada à União Europeia. PROBLEMA À VISTA Pecuaristas e exportadores estão apreensivos. As exportações para os europeus -que começam a tomar fôlego depois da interrupção ocorrida há dois anos- podem sofrer novos questionamentos. A interrupção das importações pelos europeus ocorreu devido à insuficiência de garantias sanitárias e de qualidade. AINDA BEM Eventuais retaliações da União Europeia podem ser amenizadas porque foi o próprio Ministério da Agricultura que descobriu a fraude e comunicou aos europeus. SUSPENSÃO A licença de exportação do frigorífico foi suspensa, e os 12 contêineres de carne estão parados em portos europeus. A Europa é importante para o Brasil porque é a que melhor remunera. MENOS LEITE A produção de leite recuou 3,1% no mês passado em relação a dezembro, conforme pesquisa do Cepea. Essa queda ocorre porque em alguns dos principais Estados produtores, como o de Minas Gerais, faltou chuva. Já em São Paulo houve excesso. CRÉDITO O saldo da carteira agrícola do Banco do Brasil encerrou 2009 em R$ 66,4 bilhões, com alta de 4,3%. Já o financiamento evoluiu 25%. A diferença ocorre porque muitos agricultores pagaram dívidas atrasadas, trazendo a taxa de inadimplência para níveis históricos. Além disso, não houve crédito de investimentos para quem prorrogou dívidas. SALDO DE RISCO O Banco do Brasil transferiu, ainda, R$ 1 bilhão do saldo de risco para o Tesouro, responsável pelo crédito dado à agricultura familiar. Outro R$ 1 bilhão de créditos duvidosos foi considerado perda. VAI BEM No conjunto, a rentabilidade da agricultura vai bem neste ano. O crédito aumentou e os custos caíram. A avaliação é de Luis Carlos Guedes Pinto, vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil. Até janeiro, foram cedidos R$ 23,3 bilhões de crédito, 21% mais do que na safra anterior. MAIOR PARTICIPAÇÃO O braço agrícola da Case IH, empresa do Grupo Fiat, quer abocanhar 25% do mercado de colheitadeiras de grãos na América Latina até 2014. Hoje ela conta com 15% do mercado e, em 2004, tinha apenas 5%. NOVA PLANTA A empresa atribui o aumento à inauguração da fábrica em Sorocaba (SP), que visa diversificar e ampliar a oferta de produtos no Brasil, tanto na área agrícola como na de construção. A planta terá capacidade de produzir 8.000 unidades por ano. NACIONALIZAÇÃO Até meados do ano, a Case deve obter nacionalização de 60% nos equipamentos produzidos na fábrica de Sorocaba. Atualmente está em 40%. com FLÁVIA MARCONDES Texto Anterior: Apesar de dia negativo no exterior, Bolsa avança 0,5% Próximo Texto: Fundo Monetário: Demissão em diretoria do FMI cria saia justa ao Brasil Índice |
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