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Índice da Fipe alcança 1,29% em SP
MAURO ZAFALON
da Redação
A escalada do dólar continua influenciando a taxa de inflação em
São Paulo. Nos últimos 30 dias terminados em 21 de fevereiro, os
preços subiram, em média, 1,29%.
As maiores pressões vieram de alimentos, que foram responsáveis
por 60% da taxa de inflação.
Os dados são da Fipe (Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas), que atribui esses aumentos à
alta do dólar.
Segundo o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe, Heron do Carmo, os maiores
aumentos foram de produtos ligados às commodities (trigo, soja,
café, carnes etc). Esses produtos ou
são negociados em dólar ou têm a
moeda norte-americana como referência em suas negociações.
Os alimentos subiram, em média, 2,55% na terceira quadrissemana de fevereiro em São Paulo.
Eles foram empurrados para cima
pelos aumentos da carne bovina,
que subiu 7,88% no período.
Outro setor que vem forçando a
alta da inflação é o de derivados de
trigo, produto que o país importa.
A farinha já subiu 8,35%, forçando
aumento de 7,22% no pãozinho.
Outros alimentos que vêm pressionando a inflação são café
(13,43%), óleo de soja (9,66%) e
alimentos importados como bacalhau e azeitona, ambos com 6%.
Fora dos alimentos, a alta do dólar ainda teve pouca influência.
Uma delas é sobre os gastos com
habitação, devido aos aumentos de
preços no setor de aparelhos de
imagem e de som (5%). Os aparelhos de televisão já acumulam alta
6,42%. O líder de aumento após a
desvalorização são os filmes para
máquina fotográfica (20,31%).
A taxa de inflação de fevereiro
deve ficar em 1,5%, segundo a Fipe.
Já os índices que pesquisam preços
no atacado, como IGP e IGP-M,
devem registrar taxas maiores. O
IGP-DI deve superar 4%.
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