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TELECOMUNICAÇÃO
Alvo são transferências de controle
Anatel e CVM fazem parceria para análise
da Sucursal de Brasília
A Agência Nacional de Telecomunicações e a Comissão de Valores Mobiliários assinaram ontem
convênio para analisar, em conjunto, as transferências de controle acionário nas empresas do setor
de telefonia e de radiodifusão.
A partir de agora, todas as operações desse tipo terão que ser referendadas pela Anatel e pela CVM.
De acordo com o convênio, caberá à Anatel analisar se as transferências provocam concentração de
mercado ou permitem, por exemplo, que uma operadora exerça influência indevida sobre uma empresa concorrente.
A CVM vai verificar se as operações restringem direitos dos acionistas minoritários ou infringem a
Lei das Sociedades Anônimas, que
regulamenta as relações entre sócios de uma mesma empresa.
"As empresas de telefonia são as
mais importantes do mercado brasileiro de capitais. Elas representam 70% de todas as operações
nessa área", disse o presidente da
CVM, Francisco Costa e Silva. "É a
credibilidade desse mercado que
está em jogo", completou.
Os primeiros casos que serão
analisados a partir do convênio
entre a Anatel e a CVM envolvem
as empresas de telefonia Tess, Telefónica de España, Portugal Telecom, CRT, ATL, Tele Centro Sul e
Tele Norte Leste.
A Tess fornece o serviço de telefonia celular no interior de São
Paulo. O empresário Cecílio Rego
de Almeida, um dos sócios da empresa, diz ter sido impedido por
seus parceiros de participar do aumento de capital da Tess.
Por isso, teria ficado praticamente de fora do empreendimento,
mesmo possuindo 40% do consórcio que foi formado para disputar a
licença do serviço.
No caso da Telefónica e da Portugal Telecom, a Anatel e a CVM vão
analisar a venda das participações
dessas operadoras na CRT (que
fornece os serviços de telefonia fixa e móvel no Rio Grande do Sul).
Como a Telefónica e a Portugal
Telecom já estão operando em São
Paulo, estão impedidas de atuar no
Rio Grande do Sul e são obrigadas
a se desfazer de suas ações na CRT.
O caso da ATL é mais complicado: a construtora Queiroz Galvão
vendeu para a sócia Algar sua participação na operadora de telefonia celular no Rio e no Espírito
Santo. A operação já foi feita, apesar de não ter sido analisada pela
Anatel ou pela CVM.
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