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SP tem 48,5% dos desempregados de seis regiões
DA SUCURSAL DO RIO
Das 2,5 milhões de pessoas
desempregadas em fevereiro
nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 48,5%
estavam em São Paulo, onde
a taxa de desemprego ficou
em 13,6%, contra 12,9% do
mês anterior.
Anteontem, pesquisa da
Fundação Seade (Sistema
Estadual de Análise de Dados) e do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos)
apontou uma taxa recorde
em São Paulo (19,8%) para
os meses de fevereiro desde
o início do levantamento,
em 1985.
Os dados do IBGE e da
pesquisa Seade/Dieese não
são comparáveis, pois existem diferenças nos conceitos
de desemprego.
O IBGE apura apenas o desemprego aberto, que investiga quem está sem trabalho,
mas procurou uma ocupação nos 30 dias anteriores à
realização da pesquisa.
A taxa medida pelo Seade/Dieese inclui outros dois
elementos: o desemprego
oculto por trabalho precário
e o desemprego oculto por
desalento, segundo Marise
Hoffmann, economista do
Dieese.
Por esse motivo, o dado do
Dieese é mais alto. Ela reconhece que as pesquisas oficiais da maioria dos países
levantam apenas o desemprego aberto, como ocorre
no levantamento realizado
pelo IBGE.
O conceito de trabalho
precário agrupa os que
atuam por conta própria
(ambulantes e biscateiros)
que estão insatisfeitos com
seu rendimento e procuraram um emprego.
Já o desalento inclui quem
procurou uma colocação ao
menos uma vez nos últimos
12 meses, mas desistiu de
procurar porque não encontrou um posto.
A pesquisa Seade/Dieese
traz também uma taxa de
desemprego aberta, com
uma metodologia que se assemelha mais com a do IBGE, embora existam algumas diferenças. Por esse indicador, o desemprego passou de 11,9% em janeiro para
12,6% em fevereiro, mais
baixo do que o resultado do
IBGE.
Pelos dados do IBGE, a taxa mais alta para São Paulo
havia sido registrada em outubro de 2003 -15%.
Outra diferença, disse
Hoffmann, é que a taxa do
Dieese é uma média dos resultados apurados nos últimos três meses.
"Com isso, as oscilações
são suavizadas e mostram
mais a tendência." A taxa do
IBGE é mensal.
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