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MERCADO FINANCEIRO
Investidor interpreta que Copom vê espaço para Selic cair mais, e Bolsa cessa queda e taxa futura recua
Ata traz expectativa de novo corte nos juros
DA REPORTAGEM LOCAL
No dia da divulgação da esperada ata da última reunião do Copom, o mercado teve negócios
menos tensos. A Bovespa fechou
praticamente estável, depois de
quatro pregões de quedas.
Os investidores entenderam
que o Copom (Comitê de Política
Monetária) amenizou seu discurso e reforçou as expectativas de
que a taxa de juros poderá seguir
em queda.
Os juros futuros recuaram nos
papéis de curto prazo negociados
na BM&F (Bolsa de Mercadorias
& Futuros). O DI (que acompanha as taxas interbancárias) com
vencimento em maio fechou com
taxa de 15,90%, o que embute a
possibilidade de a Selic voltar a ser
reduzida em 0,25 ponto percentual em abril.
Na outra ponta, os contratos DI
de prazo mais longo subiram um
pouco na BM&F. No DI de janeiro, o mais negociado, a taxa subiu
de 15,35% para 15,39%. Isso significa que, para o mercado, o tom
mais moderado da ata sugere que
pode haver corte na taxa básica,
ainda que a inflação fique um
pouco mais elevada, o que faz os
juros reais ficarem menores. Com
isso, os investidores querem prêmios maiores para carregar os papéis de prazos mais longos.
Sérgio Lima, gestor da Mellon
Global Investments, diz que a ata
"preparou o terreno para a possibilidade de uma queda mais
agressiva da taxa básica de juros"
no encontro do Copom a ser realizado no próximo mês.
Para a LCA Consultores, a Selic
pode ser reduzida em 0,5 ponto
percentual em abril e chegar ao
fim do primeiro semestre em 15%
anuais (atualmente, a taxa está em
16,25%).
Um dos temas principais de discussão ontem nas mesas de operações após a leitura da ata foi o de
haver ou não possibilidade de o
BC alterar a meta de inflação deste
ano. Para alguns analistas, há indícios na própria ata de que isso
poderia vir a ocorrer caso fosse
necessário, hipóteses descartada
anteriormente.
Ações
Na Bolsa de Valores de São Paulo, apesar do lucro recorde anunciado, a ação PNA da Vale do Rio
Doce fechou com queda de
2,97%. Outro destaque negativo
foi a ação PN da Net, que perdeu
13,3%.
Pela vez quinta vez, seguida, o
dólar fechou em alta, a R$ 2,937
(alta de 0,24%).
(FABRICIO VIEIRA)
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