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TELEFONIA
Consórcio quer assumir controle da Embratel; decisão sai dia 13 de abril
Teles enviam parecer a corte de NY
DA REDAÇÃO
O consórcio das operadoras de
telefonia fixa que pretende adquirir a Embratel apresentou ontem,
ao Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York, em Manhattan, sua proposta pela empresa. O juiz Arthur Gonzales dará o seu parecer no dia 13 de abril.
Batizado de Calais Participações, o consórcio é composto pela
Geodex e pelas três operadoras de
telefonia fixa do país, Telefônica,
Brasil Telecom e Telemar. As empresas tentam impedir que a Embratel seja vendida para a Telmex,
do empresário Carlos Slim.
A Calais enviou o parecer de seis
especialistas e advogados, que argumentam que o negócio não representaria uma ameaça à concorrência e poderia ser aprovado
pelas autoridades reguladoras do
Brasil. Um dos pareceres é assinado por Renato Guerreiro, ex-presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Nas justificativas enviadas ao
tribunal, a Calais diz que sua proposta é mais vantajosa tanto para
os acionistas como para os credores da MCI, porque pagará um
maior valor pela Embratel.
Mas a MCI, empresa norte-americana de telecomunicações
que atualmente controla a Embratel, decidiu que a proposta da
mexicana é a melhor, apesar de
não ter o maior valor monetário.
A MCI tenta sair do processo de
concordata, por isso tem pressa
em vender a Embratel. A empresa, que operava sob a holding
WorldCom, foi à lona em 2002,
depois da revelação do maior escândalo contábil da história norte-americana, avaliado em pelo
menos US$ 11 bilhões.
A proposta da Calais é de até
US$ 550 milhões. Mas, diz a MCI,
não seria em dinheiro e passaria
por vários ajustes. Já a Telmex
oferece US$ 360 milhões em dinheiro. Na avaliação da MCI, o
negócio com a Telmex sofreria
menos contestações jurídicas e
poderia ser aprovado rapidamente -por isso seria mais oportuno,
a despeito do menor valor.
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