|
Próximo Texto | Índice
MERCADO ABERTO
Cervejaria planeja nova fábrica
A acirrada guerra das cervejas
deve ganhar em breve outra
concorrente de peso. Fundada em 1994, a Cervejaria Petrópolis, dona das marcas Crystal
e Itaipava, promete para o ano
que vem a construção de uma
nova fábrica -a terceira-, que
custará cerca de R$ 250 milhões.
Com a nova unidade, a companhia prevê ampliar em pelo menos 50% a produção atual.
Segundo o diretor-presidente
da Petrópolis, Walter Faria, o local da construção ainda não foi
definido. "Há muitos Estados interessados. Estamos avaliando o
que oferece as melhores vantagens tributárias." Apesar de Faria
dizer que não há nada confirmado, não desmente que Minas Gerais seja o favorito. "Queremos
estar onde tem muita gente, e,
depois do Rio e de São Paulo, Minas é o maior mercado."
Segundo ele, a intenção da empresa é abrir uma fábrica a cada
um ou dois anos. "Nós não vendemos mais porque não temos
mais produtos para oferecer." A
produção da empresa passou de
20 milhões de litros por ano em
2002 para 140 milhões em 2004.
Para este ano, a previsão é superar 210 milhões de litros.
Com cerca de 5% de "market
share" -em 2003, não passava
de 2%-, a Petrópolis nega ter
como objetivo tomar o lugar de
alguma cervejaria maior, embora
desdenhe da concorrência. "Nós
incomodamos a AmBev, com
certeza. Tanto que eles lançaram
a Serrana para competir com a
Itaipava, mas foi um fracasso."
Para estimular a concorrência
no setor, Faria sugere uma mudança na forma como é cobrado
o IPI, que, diz, hoje beneficia a
AmBev. Atualmente, o tributo é
calculado sobre a quantidade, e
não sobre o preço da bebida, a
fim de combater a sonegação.
"Com isso, eles [a AmBev] pagam proporcionalmente menos
que nós. Tivemos reuniões com
o [José] Dirceu, com o [Antonio]
Palocci e com a Receita Federal
para mudar isso. Estamos esperando uma resposta."
LANÇAMENTO
Autores: Vera Thorstensen
e Marcos Sawaya Jank
Editoras: Aduaneiras e Lex Ed.
Preço: R$ 55
O GNC (Grupo de Negociações
Comerciais) acaba de lançar o livro
"O Brasil e os Grandes Temas
do Comércio Internacional", da
Aduaneiras e da Lex Editora. O
GNC, reunião informal dos principais especialistas de comércio exterior do Brasil, trabalhou ao longo de um ano para preparar a
compilação de textos sobre as
principais questões da Rodada
Doha da Organização Mundial do
Comércio. A coordenação do trabalho, essencial para a compreensão das negociações comerciais,
foi de Marcos Jank, presidente do
instituto Ícone, e Vera Thorstensen, assessora econômica da missão do Brasil em Genebra.
PARADA DURA
Se a Vale do Rio Doce perder
no Cade o direito sobre o excedente da produção da mina da
Casa de Pedra da CSN, os acionistas da mineradora (Bradespar
e Previ) não vão deixar barato.
Eles devem entrar com uma ação
na Justiça para cobrar US$ 1 bilhão de Benjamin Steinbruch
(CSN) pela perda do negócio. O
direito sobre o excedente da produção foi negociado pela Vale e
pela CSN durante o descruzamento de ações das empresas, há
dois anos. Nessa operação, foi estabelecido um valor para a mina
da Casa de Pedra.
CONVITE DA ONU
Em meio ao tiroteio, Sérgio
Rosa (Previ) aceitou o convite do
secretário-geral da ONU, Kofi
Annan, para participar de uma
reunião da entidade. O objetivo é
definir princípios de investimento responsável. A Previ foi a única instituição da América Latina
convidada. Entre os presentes
estarão o PGGM (Holanda),
maior fundo de pensão do mundo, além de grandes fundos similares de Inglaterra, Japão, Alemanha, Suíça e Noruega.
EM CASA
A Subway, uma das principais
redes de fast-food do mundo,
anuncia o lançamento de um sistema de delivery, além de um
programa de fidelidade, chamado SubClub Card, no Brasil.
PARA EXPORTAR
A partir de julho, a Caixa Econômica Federal inicia as operações com comércio exterior por
meio do BNDES Exim pré-embarque para financiar a produção destinada à exportação. A
utilização dessa linha deverá ser
a porta de entrada do banco na
oferta de crédito para o comércio
exterior. A idéia é avaliar o nível
de demanda de clientes pessoa
jurídica para verificar a possibilidade de lançamento de empréstimos similares.
FORA DA TOCA
Foi bastante concorrida a festa
black-tie dos 50 anos do advogado carioca Francisco Müssnich
no sábado passado, na Hípica,
no Rio. Müssnich é advogado do
Opportunity. Calcula-se que a
festa contou com cerca de 500
pessoas, entre empresários e celebridades, a grande maioria do
Rio. A surpresa ficou por conta
da presença do banqueiro Daniel
Dantas, normalmente avesso a
baladas sociais.
EMPRESA CORREDORA
A recém-criada Maestro
Sports, dos sócios Anuar Tacach
e Roberto Justus, vai investir R$
5 milhões para promover a primeira corrida entre empresas do
Brasil, em agosto. Inspirada em
um modelo americano de evento, a CorporateRun, como foi batizada, espera 3.000 inscritos
nessa primeira corrida.
Entre tapas e beijos
Guido Mantega (BNDES)
acaba de aprovar três decisões
que beneficiam os governos tucanos de José Serra, Geraldo
Alckmin e Paulo Hartung. Depois de anos de discussão, o
banco finalmente enquadrou
nesta semana o projeto Fura-Fila, a polêmica obra iniciada
pelo ex-prefeito Celso Pitta
(1997-2000) e rebatizada na
gestão tucana como Corredor
Expresso. Serra pede um empréstimo de R$ 431 milhões para concluir a obra. O enquadramento é o primeiro passo concreto para a aprovação.
Além disso, a pedido do secretário da Fazenda do Estado
de SP, Eduardo Guardia, o
BNDES autorizou a Nossa Caixa a voltar a operar com recursos do banco, num limite de R$
72 milhões. E, na terça, o banco
anuncia a liberação de R$ 100
milhões para obras de transporte no Espírito Santo, de Paulo Hartung. Os tucanos viviam
reclamando que seus pedidos
não andavam no BNDES.
Próximo Texto: "Spread" e juros sobem, mas crédito se expande Índice
|