São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AGRICULTURA

Financiamentos ajudarão produtores que tiveram prejuízos gerados pela seca; valor pode chegar a R$ 300 mi

CMN cria linha de crédito para cooperativas

FERNANDO ITOKAZU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Conselho Monetário Nacional anunciou a criação de linha de financiamento destinada às cooperativas agropecuárias, que enfrentam problemas com a quebra da safra provocada pela seca. Segundo o Ministério da Fazenda, seriam liberados R$ 300 milhões, mas o da Agricultura informou que o valor ainda seria definido.
O produtor terá que usar o montante obtido com o empréstimo para quitar sua dívida com a cooperativa. "É uma operação estruturada", disse o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin. "A cooperativa tem que negociar a adesão com os produtores."
A intenção é ampliar o capital de giro das cooperativas. Os recursos da nova linha de crédito virão dos depósitos à vista (25%) e da poupança rural. O prazo do empréstimo é de três anos, sendo um de carência, e os juros serão de 8,75% ao ano para os recursos oriundos dos depósitos à vista. Segundo a Agricultura, não há limite para o empréstimo definido.
A região Sul foi a mais atingida pela estiagem, mas o benefício não se restringe aos produtores dessa área. Outra decisão do CMN foi a inclusão de Mato Grosso do Sul na área atingida pela seca e, portanto, com direito aos benefícios aprovados pelo governo.
Além da criação da linha de financiamento para ajudar as cooperativas agropecuárias, o CMN também aprovou a prorrogação das dívidas do Proger (Programa de Geração de Emprego e Renda) rural, de R$ 95 milhões, e que poderão ser pagas em até dois anos.
Houve também um remanejamento dos recursos do Proger. O valor destinado ao Moderagro, programa de recuperação de solo e renovação de pastagens, subiu de R$ 900 milhões para R$ 1,046 bilhão. Segundo o Ministério da Agricultura, a demanda pelo programa já atingia R$ 935 milhões.
Outro programa beneficiado com a nova divisão de recursos foi o Prodeagro, que engloba suinocultura, avicultura, apicultura e caprinocultura, entre outros, que passou de R$ 200 milhões para R$ 300 milhões. O programa já havia utilizado R$ 221 milhões.
Os programas que tiveram seus recursos diminuídos foram o Prodefruta (fruticultura) e o Prodecoop, que visa a modernização das cooperativas, que contam com demanda abaixo da meta.


Texto Anterior: Volkswagen é 4ª a produzir 100 milhões de carros
Próximo Texto: Justiça: Cai penhora de R$ 550 milhões contra banco
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.