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AGRICULTURA
Financiamentos ajudarão produtores que tiveram prejuízos gerados pela seca; valor pode chegar a R$ 300 mi
CMN cria linha de crédito para cooperativas
FERNANDO ITOKAZU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Conselho Monetário Nacional anunciou a criação de linha de
financiamento destinada às cooperativas agropecuárias, que enfrentam problemas com a quebra
da safra provocada pela seca. Segundo o Ministério da Fazenda,
seriam liberados R$ 300 milhões,
mas o da Agricultura informou
que o valor ainda seria definido.
O produtor terá que usar o
montante obtido com o empréstimo para quitar sua dívida com a
cooperativa. "É uma operação estruturada", disse o secretário de
Política Agrícola do Ministério da
Agricultura, Ivan Wedekin. "A
cooperativa tem que negociar a
adesão com os produtores."
A intenção é ampliar o capital
de giro das cooperativas. Os recursos da nova linha de crédito virão dos depósitos à vista (25%) e
da poupança rural. O prazo do
empréstimo é de três anos, sendo
um de carência, e os juros serão
de 8,75% ao ano para os recursos
oriundos dos depósitos à vista.
Segundo a Agricultura, não há limite para o empréstimo definido.
A região Sul foi a mais atingida
pela estiagem, mas o benefício
não se restringe aos produtores
dessa área. Outra decisão do
CMN foi a inclusão de Mato Grosso do Sul na área atingida pela seca e, portanto, com direito aos benefícios aprovados pelo governo.
Além da criação da linha de financiamento para ajudar as cooperativas agropecuárias, o CMN
também aprovou a prorrogação
das dívidas do Proger (Programa
de Geração de Emprego e Renda)
rural, de R$ 95 milhões, e que poderão ser pagas em até dois anos.
Houve também um remanejamento dos recursos do Proger. O
valor destinado ao Moderagro,
programa de recuperação de solo
e renovação de pastagens, subiu
de R$ 900 milhões para R$ 1,046
bilhão. Segundo o Ministério da
Agricultura, a demanda pelo programa já atingia R$ 935 milhões.
Outro programa beneficiado
com a nova divisão de recursos foi
o Prodeagro, que engloba suinocultura, avicultura, apicultura e
caprinocultura, entre outros, que
passou de R$ 200 milhões para R$
300 milhões. O programa já havia
utilizado R$ 221 milhões.
Os programas que tiveram seus
recursos diminuídos foram o Prodefruta (fruticultura) e o Prodecoop, que visa a modernização
das cooperativas, que contam
com demanda abaixo da meta.
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