São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2005

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PREÇOS

Índice ficara em 0,74% em abril; analistas, no entanto, estimam desaceleração com diluição de impacto de tarifas e alimentos

IPCA-15 avança a 0,83% com alta de remédio

JANAINA LAGE
DA FOLHA ONLINE, NO RIO

A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) avançou para 0,83% em maio. Em abril, o índice havia apurado alta de 0,74%. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os remédios representaram a principal contribuição individual, com o reajuste de 31 de março sobre os produtos com preços controlados.
Em maio, os remédios ficaram 4,16% mais caros e representaram impacto de 0,16 ponto percentual na taxa de inflação. Os preços administrados, principalmente tarifas de energia elétrica e de ônibus urbano, também contribuíram para pressionar o índice.
Os reajustes aprovados em Salvador (14,57%), Belo Horizonte (13,57%), Recife (9,03%), Porto Alegre (6,56%) e Fortaleza (4,74%) fizeram a tarifa de energia elétrica subir 2,85%. A tarifa dos ônibus avançou 2,11% com o impacto do reajuste de 10,43% no Rio de Janeiro. Os alimentos registraram alta de 0,84% em razão de problemas climáticos.
O IPCA-15 funciona como prévia do IPCA, que baliza as metas de inflação defendidas pelo Banco Central. A diferença entre os dois índices é o período de coleta de preços. Segundo o último relatório de mercado do Banco Central, a maioria dos analistas espera inflação de 0,50% pelo IPCA.
O economista da GRC Visão, Alex Agostini, afirma, no entanto, que deverá rever a projeção para a inflação deste mês para cerca de 0,55% com o resultado do IPCA-15. "O índice foi afetado por pressões transitórias, mas ainda deve mostrar o impacto do aumento do salário mínimo", disse.
A consultoria LCA prevê desaceleração do IPCA para 0,45% em maio com a diluição dos impactos dos fatores que têm pressionado o índice desde o fim de março, como medicamentos, preços administrados, vestuário e alimentos. Em abril, o IPCA subiu 0,87%.

Fipe
Em São Paulo, a Fipe apurou nova desaceleração na inflação. O IPC ficou em 0,50% na terceira quadrissemana de maio -ante 0,58% no período anterior.
Segundo estimativa do coordenador da pesquisa de preços da Fipe, Paulo Picchetti, São Paulo deve encerrar o mês de maio com inflação próxima de 0,45%, contra 0,83% em abril.


Colaborou a Folha Online

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