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PREÇOS
Índice ficara em 0,74% em abril; analistas, no entanto, estimam desaceleração com diluição de impacto de tarifas e alimentos
IPCA-15 avança a 0,83% com alta de remédio
JANAINA LAGE
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
A inflação medida pelo IPCA-15
(Índice de Preços ao Consumidor
Amplo-15) avançou para 0,83%
em maio. Em abril, o índice havia
apurado alta de 0,74%. Segundo o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os remédios
representaram a principal contribuição individual, com o reajuste
de 31 de março sobre os produtos
com preços controlados.
Em maio, os remédios ficaram
4,16% mais caros e representaram
impacto de 0,16 ponto percentual
na taxa de inflação. Os preços administrados, principalmente tarifas de energia elétrica e de ônibus
urbano, também contribuíram
para pressionar o índice.
Os reajustes aprovados em Salvador (14,57%), Belo Horizonte
(13,57%), Recife (9,03%), Porto
Alegre (6,56%) e Fortaleza
(4,74%) fizeram a tarifa de energia elétrica subir 2,85%. A tarifa
dos ônibus avançou 2,11% com o
impacto do reajuste de 10,43% no
Rio de Janeiro. Os alimentos registraram alta de 0,84% em razão
de problemas climáticos.
O IPCA-15 funciona como prévia do IPCA, que baliza as metas
de inflação defendidas pelo Banco
Central. A diferença entre os dois
índices é o período de coleta de
preços. Segundo o último relatório de mercado do Banco Central,
a maioria dos analistas espera inflação de 0,50% pelo IPCA.
O economista da GRC Visão,
Alex Agostini, afirma, no entanto,
que deverá rever a projeção para a
inflação deste mês para cerca de
0,55% com o resultado do IPCA-15. "O índice foi afetado por pressões transitórias, mas ainda deve
mostrar o impacto do aumento
do salário mínimo", disse.
A consultoria LCA prevê desaceleração do IPCA para 0,45% em
maio com a diluição dos impactos
dos fatores que têm pressionado o
índice desde o fim de março, como medicamentos, preços administrados, vestuário e alimentos.
Em abril, o IPCA subiu 0,87%.
Fipe
Em São Paulo, a Fipe apurou
nova desaceleração na inflação. O
IPC ficou em 0,50% na terceira
quadrissemana de maio -ante
0,58% no período anterior.
Segundo estimativa do coordenador da pesquisa de preços da
Fipe, Paulo Picchetti, São Paulo
deve encerrar o mês de maio com
inflação próxima de 0,45%, contra 0,83% em abril.
Colaborou a Folha Online
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