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Starbucks abre loja "acessível" em SP e com capital 51% nacional
Consultoria "caça" ponto, que terá adaptações em relação ao modelo dos EUA
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Starbucks, maior rede de
cafeterias do mundo, confirmou ontem que irá abrir a sua
primeira loja no país em São
Paulo, como informou a Folha
na semana passada- e não no
Rio de Janeiro. O acordo foi assinado há três semanas. O novo
sócio, a Cafés Sereia do Brasil
Participações S.A, do casal Maria Luisa Rodenbeck e Peter
Rodenbeck, será o acionista
majoritário com 51% do negócio, enquanto os americanos
terão 49%, apurou a Folha. A
abertura do primeiro ponto deve acontecer em até 12 meses,
disse Maria Luisa ontem-a
empresa demora até 16 meses
para inaugurar uma nova loja
nos EUA. "Se não conseguir
abrir em um ano, aí desisto",
disse brincando a sócia.
No Brasil, o modelo sofrerá
adaptações, apurou a Folha
-informação que oficialmente
a sócia nega. A loja poderá vender pão de queijo, por exemplo.
Não terá computadores para
uso no local, mas deverá possuir rede sem fio (wireless) para que o cliente utilize o seu
laptop na loja. Também não está certo, a princípio, se terá
aqui o cartão recarregável Starbucks -o cliente deposita dinheiro ali e vai efetuando compras. Mas terá, por exemplo, os
copos de isopor que embalam a
bebida, a marca registrada da
rede, tanto para consumo na
loja como para viagem.
Não haverá uma campanha
publicitária de peso para anunciar a entrada da rede. O que se
quer é evitar o efeito "Burger
King" -que abriu o primeiro
ponto com comercial no horário nobre da TV. Resultado:
caos nas lojas e falta de produtos. Estima-se que de 3% a 6%
do que a loja faturar deverá ir
para ações de mídia.
Maria Luisa e Peter Rodenbeck trouxeram ao Brasil o
McDonald's nos anos 80 e a rede de restaurantes Outback. Há
nove anos, eles mantêm contatos com a empresa em Seattle.
O Brasil é o segundo país em
que a Starbucks se instala na
América do Sul -no Chile tinha dez lojas até outubro de
2005. Há uma consultoria já
contratada pelos sócios para
procurar um ponto na capital.
Agora, a atenção está voltada
para lojas em ruas, apurou a
Folha.
Quanto ao preço do café no
Brasil, a sócia faz magros comentários: "Iremos praticar
valores acessíveis. Vamos ser
competitivos". Esse ponto é
primordial. Nos EUA, o café
mais barato custa US$ 1,80 -o
mais caro, US$ 15,95.
Junto à questão econômica, a
rede vai enfrentar a concorrência de outras cafeterias e de padarias especializadas. Terá um
mercado diferente do americano, onde 109 milhões de pessoas bebem cafés todos os dias.
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