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outro lado
Recadastramento está em curso, diz secretaria
DA REPORTAGEM LOCAL
Evangelina de Almeida Pinho, gerente regional da SPU
em São Paulo, diz que o governo não tem intenção de cobrar
quem não deve. "Queremos
apenas receber as taxas dos que
efetivamente utilizam terras da
União, como a lei considera que
é justo", afirma. "Quando é
constatada alguma cobrança
relativa a área que está fora da
propriedade da União, ela é
imediatamente interrompida."
A Secretaria responsabiliza o
acúmulo de solicitações deixado pela gestão anterior e a insuficiência de recursos tecnológicos pelo atraso nas regularizações de dados de proprietários.
"Ao assumirmos, há quatro
anos, encontramos a SPU completamente desmontada. Trabalhamos para a sua estabilização", diz Louise Ritzel, diretora
de gestão de recursos internos
da secretaria.
Os enganos nas demarcações
das áreas que pertencem à
União podem ser resolvidos
apenas com uma nova medição
e a regularização dos dados dos
imóveis, na opinião de especialistas. "[O problema] não é só
de São Paulo, é do Brasil inteiro. Já está em andamento um
plano nacional de recadastramento, que em São Paulo está
começando por Santos e Guarujá, no segundo semestre. Em
alguns Estados, como Sergipe e
Alagoas, foi concluído", afirma
Evangelina Pinho. De acordo
com ela, os donos de imóveis
que podem estar em território
da União serão convocados por
carta a se manifestar no processo e, em três anos, o cenário deve estar normalizado. "Havia
cerca de 20 mil documentos
pendentes de análise. Estamos
corrigindo os erros."
O recadastramento serve
igualmente para áreas como Alphaville e Tamboré. No ano
passado, foi contratada uma
empresa para averiguar as distorções, como lançamentos errados de tamanho de imóveis. A
idéia é propor aos moradores
da região que comprem os 17%
que cabem à União, transferindo-lhes permanentemente a
propriedade dos terrenos.
Louise Ritzel afirma ainda
que, seguindo as recomendações do TCU, já foi realizado
concurso público para a contratação de mais servidores.
Entretanto, das 300 vagas disponíveis, apenas 189 foram efetivamente preenchidas no ano
passado. O concurso teve um
nível dificuldade elevado, pois,
como não haveria recursos para capacitação e treinamento, a
prova trouxe questões específicas sobre legislação patrimonial. "A realização de novos
concursos faz parte da estratégia do governo."
A secretaria não soube informar se o fundo de recursos que
foi sugerido pelo ministro Ubiratan Aguiar, do Tribunal de
Contas da União, está sendo de
fato colocado em prática.
(DG)
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