|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RESERVAS
Banco não interveio no mercado na quinta-feira
BC não vende dólar com crise argentina
da Sucursal de Brasília
O Banco Central não vendeu dólares de suas reservas em moeda
estrangeira na quinta-feira da semana passada, primeiro dia da crise argentina, quando a taxa de
câmbio sofreu grande pressão.
Segundo o BC, as reservas em
moeda estrangeira fecharam ontem em US$ 44,641 bilhões, exatamente o mesmo volume registrado
na sexta passada.
Esse é um sinal de que o BC não
interveio diretamente no mercado
de câmbio para atenuar a pressão
sobre a cotação do dólar criada pela crise argentina.
Na quinta-feira passada, a moeda norte-americana chegou a ser
cotada a R$ 1,699, com alta de
0,93% em relação à média da cotação da véspera.
No fim daquele dia, a cotação do
dólar recuou para R$ 1,696, e o
mercado atribuiu essa queda a
uma provável intervenção do BC.
Desde o início de março, o BC
adotou a tática de manter segredo
sobre suas intervenções no mercado de câmbio. A variação do volume de reservas, entretanto, é um
indicador da atuação do BC.
As vendas de dólar que o BC realiza em um dia normalmente afetam o volume de reservas dois dias
depois, já que a maior parte dos
negócios é liquidada apenas dois
dias após a contratação.
Assim, uma provável venda de
dólares pelo BC na quinta-feira
passada deveria ter sido liquidada
na segunda-feira, afetando o volume de reservas desse dia.
A variação do volume de reservas, entretanto, nem sempre é um
indicador de alta precisão das intervenções do BC no mercado de
câmbio. Embora raras, há vendas
de dólares que são contratadas e liquidadas na mesma data ou com
um dia de defasagem.
Nesse caso, uma provável venda
de dólares na quinta-feira pode ter
sido liquidada na própria quinta,
quando as reservas caíram US$ 11
milhões, ou na sexta-feira, quando
a baixa foi de US$ 37 milhões.
Além disso, nem sempre o BC
vende dólares diretamente de sua
mesa de câmbio. Há registros de
intervenções que o BC fez no mercado por meio da mesa de câmbio
do Banco do Brasil.
Bolsa de Álcool
Cerca de 170 usinas se uniram na
formação da Bolsa Brasileira de Álcool Ltda., que vai controlar a comercialização do produto de todas
as empresas.
Responsáveis por cerca de 85%
do álcool produzido na região centro-sul do país, a nova empresa vai
comercializar o produto a R$ 0,36
o litro, preço de referência estabelecido pelo governo federal.
"A Bolsa vai funcionar como
uma corretora, vendendo o álcool
dessas usinas e administrando a
oferta do produto", afirma João
Carlos de Figueiredo Ferraz, vice-presidente da usina Jardest e membro do conselho técnico da nova
empresa, criada na sexta-feira.
Segundo ele, as usinas vão poder
recuperar a margem de lucro, iniciando a recuperação do setor.
Colaborou a
Folha Ribeirão
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|