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ECONOMIA GLOBAL
Presidente do banco central norte-americano comenta taxa negativa de poupança, a menor desde 46
Greenspan alerta para gastança nos EUA
das agências internacionais
O presidente do Fed (o banco
central dos EUA), Alan Greenspan, continua preocupado com o
elevado nível de consumo dos norte-americanos, que está reduzindo
a taxa de poupança interna.
"O nível de poupança não só baixou como passou a ser negativo",
disse Greenspan.
O presidente do Fed se referia aos
dados divulgados pelo Departamento de Comércio, que indicavam que, no primeiro trimestre, a
poupança interna dos EUA ficou
negativa em 0,5%, atingindo o menor nível desde 1946.
Greenspan ressaltou que os gastos dos norte-americanos cresceram substancialmente nos últimos
anos em razão da forte alta da Bolsa de Valores e da valorização do
mercado imobiliário.
"O aumento dos preços das ações
explica possivelmente 85% dos
motivos que fazem os norte-americanos se sentirem mais ricos e
dispostos a gastar mais em carros,
aplicações e todo tipo de bens de
consumo", disse Greenspan numa
palestra realizada anteontem na
Federação Nacional do Varejo.
O presidente do Fed sugeriu ainda que as taxas de juros norte-americanas estariam baixas demais, incentivando os proprietários de imóveis a hipotecar suas casas para conseguir recursos.
O consumo, no entanto, deve
continuar crescendo.
O índice de confiança do consumidor norte-americano subiu de
135,5 pontos em abril para 135,8
pontos neste mês, próximo ao valor atingido em junho do ano passado -138,2 pontos-, o maior
em 30 anos.
Esse número mostra que a economia dos EUA continuará em expansão, sustentada pelos gastos
dos norte-americanos em imóveis,
carros e outros bens de consumo.
Em abril, a venda de casas caiu
3,3% em comparação com o mês
anterior. Em um ano, foram comercializados 5,24 milhões de
imóveis habitacionais.
Apesar da queda, o resultado
surpreendeu os analistas, que estimavam vendas de 4,99 milhões de
unidades até abril.
Com o alto nível de consumo, a
economia dos EUA deve registrar
seu nono ano consecutivo de crescimento.
Isso, por outro lado, contribui
para o aumento da inflação e leva à
escassez de crédito no mercado.
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