LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL

A TAM e a Transbrasil decidiram prolongar por mais 90 dias o seu acordo de "code share" e ampliar de 70 para 130 o número de vôos compartilhados diários. A decisão deve ser anunciada oficialmente nesta semana.
A Folha apurou que a TAM decidiu adiar a decisão sobre a compra ou não da Transbrasil -que deveria ser tomada até o fim do mês- depois que seus executivos começaram a examinar os números financeiros da Transbrasil. A dívida da empresa seria oficialmente de R$ 800 milhões, mas os dados que a consultoria Merrill Lynch levantou até agora indicam que o rombo pode ser maior.
A ponte aérea entre São Paulo (Congonhas) e Rio (Santos Dumont) tende a ficar de vez com a TAM. Há semanas a Transbrasil deixou de voar nessa rota, alegando manutenção em seus aparelhos.
A TAM continua interessada em comprar a companhia do empresário Omar Fontana -que resistiu a qualquer tipo de aproximação nesse sentido durante anos, mas acabou por dar carta branca ao genro Antônio Celso Cipriani, presidente da Transbrasil, para negociar.
O entusiasmo que havia no início do acordo operacional, firmado dia 3 de abril, diminuiu ao longo do processo de compartilhamento de vôos. Os valores das dívidas oficiais da Transbrasil e TAM são muito próximos, em torno de R$ 800 milhões cada uma. Mas a TAM não deve nada ao governo e tem um trânsito razoável no sistema financeiro. Já a Transbrasil tem uma grande pendência com a União.


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