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AVIAÇÃO
Cheque sem fundo teria cancelado a negociação
Vasp estuda processar evangélicos por danos à imagem da empresa
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
O empresário Wagner Canhedo, dono da Vasp, decide até
amanhã se abre processo judicial
contra os fundadores da Confader (Convenção Fluminense das
Assembléias de Deus no Brasil e
no Exterior), segundo informou
ontem a assessoria da empresa.
A intenção de entrar na Justiça
está em estudo devido ao processo conturbado das negociações
entre a Vasp e a Confader. Ele teria prejudicado ainda mais a imagem da companhia, que deve cerca de R$ 2,3 bilhões -principalmente ao governo-, teve aviões
arrestados por não depositar dinheiro dos aluguéis e atrasa o pagamento dos salários de seus funcionários.
A assessoria da Vasp admitiu
que as negociações entre Canhedo e a Confader tiveram início há
algumas semanas, mas que Canhedo desistiu dos entendimentos há cerca de dez dias. Isso porque um cheque de US$ 20 milhões, dado como sinal para os
US$ 230 milhões que a entidade
queria pagar, foi devolvido.
Canhedo chegou a enviar um
representante a Miami, nos Estados Unidos, para sacar o dinheiro
depositado em um banco daquele
país. Não havia saldo suficiente.
Ontem os celulares de dois dos
dirigentes da Confader, Estevão
Martins de Souza Coutinho, que
se intitula bispo, e de Nilson Carlos Pessanha Júnior, estavam desativados. Segundo a Folha já havia apurado, a Confader não paga
há quatro meses o aluguel de sua
sede, no Rio, e Coutinho sofre
processo por ter emitido oito cheques sem fundos para pagamentos de celulares e linhas fixas de
telefones.
Um dos motivos que podem levar Canhedo a não processar a
Confader são as evidências de que
seus membros não têm recursos.
Os custos do processo, portanto,
dificilmente seriam ressarcidos.
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