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MERCOSUL
Resultado divulgado pelo Indec é o pior desde 97
Desemprego sobe para 14,7% e já atinge 2 milhões na Argentina
GUSTAVO CHACRA
DE BUENOS AIRES
A taxa de desemprego na Argentina subiu para 14,7% da população economicamente ativa
em maio deste ano, pior resultado
desde 1997, atingindo cerca de 2
milhões de pessoas, segundo dados do Indec (Instituto de Estatísticas e Censos da Argentina).
O número é 0,9 ponto percentual superior ao último resultado
-13,8%, anunciado em outubro
do ano passado.
Para o governo, o crescimento
do desemprego está dentro do
previsto. Há poucos dias, o vice-presidente Carlos Alvarez afirmou que a taxa poderia se aproximar dos 15% em maio.
Na semana passada, quando foi
anunciada a diminuição na criação de postos de trabalho na Província de Buenos Aires, chegou-se
a cogitar que o desemprego ultrapassaria esse percentual.
Em relação a maio do ano passado, a taxa de desemprego teve
alta de 0,2 ponto percentual. Naquela ocasião, o país passava por
uma de suas maiores crises dentro do Mercosul, devido aos reflexos da desvalorização do real
ocorrida em janeiro de 1999.
O setor que mais contribuiu para o resultado divulgado ontem
foi a construção civil, em que a
atividade econômica argentina
vem obtendo piores resultados
-em maio, o declínio no setor foi
de 4,8% em relação a 1999.
Os resultados demonstram que
o pequeno crescimento do PIB,
de 0,9%, está tendo pouco impacto na criação de empregos.
Segundo analistas, a economia
deveria crescer mais para que o
desemprego diminuísse.
O problema é que a equipe econômica possui poucos mecanismos para reverter a situação. Em
maio, foi anunciado um ajuste fiscal de US$ 938 milhões, que, somado à elevação de impostos,
prejudica a tentativa de sair da recessão que já dura dois anos.
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