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COMBUSTÍVEIS
Cálculo é do sindicato dos postos revendedores de SP, que prevê 18%, contra 9,7% da estimativa do governo
Gasolina poderá subir o dobro do previsto
MARCOS CÉZARI
da Reportagem Local
A gasolina comum deverá aumentar quase o dobro do que previa o governo. Segundo o Sincopetro (sindicato que reúne os postos
revendedores do Estado de São
Paulo), o aumento deverá ser de
cerca de 18%, e não de 9,7% como
estimou o governo.
Assim, vai ser difícil o consumidor comprar gasolina comum por
menos de R$ 1,00 por litro em
qualquer posto do Estado a partir
de segunda-feira.
A estimativa é do presidente do
Sincopetro, José Alberto de Paiva
Gouveia, com base no reajuste autorizado pelo governo desde ontem em todo o país.
Como muitos postos ainda têm
combustível com "preço velho", os
novos preços só devem ser cobrados a partir de segunda ou terça-feiras, estima Gouveia.
Além disso, há outro fator para
que muitos postos ainda não tenham elevado seus preços. É que
muitos esperam o "posto vizinho"
expor seus preços para então decidir quanto cobrar.
O preço não deverá ficar abaixo
de R$ 1,00 porque, conforme lista
divulgada ontem pelo Sincopetro,
as distribuidoras já estão cobrando
esse preço (ou até mais) pelo litro
da gasolina.
O menor preço, da Ipiranga, é de
R$ 0,9999. A Shell cobra R$ 1,06; a
Esso, R$ 1,0293; a São Paulo, R$
1,0336; e a Texaco, R$ 1,0644. A Petrobras não forneceu o novo preço,
segundo o Sincopetro.
Sobre esses preços os postos colocam entre R$ 0,07 e R$ 0,10 por
litro como margem de lucro. Essa
margem, devido à concorrência
acirrada, pode até cair um pouco.
Comparados aos preços anteriores, os aumentos da Ipiranga, Shell
e Esso ficam entre 17,5% e 17,78%.
A São Paulo subiu 14,06% e a Texaco, 14,68%.
Os preços do álcool subiram entre 3,92% e 25%. A São Paulo não
reajustou seu preço, pois ele já era
de R$ 0,5989.
Com base nesses reajustes, o produto deverá custar entre R$ 0,55 e
R$ 0,60 ao consumidor final nos
próximos dias.
O óleo diesel, cujo preço é tabelado, subiu de R$ 0,50 para R$ 0,57.
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