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País vai perder na qualidade das exportações
COLUNISTA DA FOLHA
Não é apenas na quantidade
que a Alca trará prejuízo ao
Brasil. O país perde igualmente
na qualidade das exportações.
O estudo dividiu os bens exportáveis em cinco categorias,
desde a dos "decadentes" até a
dos "muito dinâmicos".
Esta última categoria trata de
produtos em que o crescimento do comércio é superior a
10,8%. São, portanto, bens para
os quais há muita demanda e,
por extensão, perspectivas
mais prometedoras para comercializá-los no presente e
também no futuro.
Hoje (ou, mais exatamente
em 1999, ano dos últimos dados), o Brasil já importa mais
do que exporta nessa área (o
déficit é de US$ 876 milhões).
Mas, com a Alca, o buraco
nas contas dos produtos "muito dinâmicos" crescerá para
US$ 1,884 bilhão.
Se se acrescentar ao quadro a
área de produtos "dinâmicos"
(crescimento entre 8,8% e
10,79%), o déficit fica ainda
maior: irá dos atuais US$ 1,020
bilhão para US$ 2,337 bilhões.
O passo seguinte da Fiesp será convocar todos os setores industriais para analisar suas respectivas situações e também
para verificar quais as necessidades para melhorar a qualidade das exportações. (Clóvis Rossi)
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