São Paulo, sexta-feira, 26 de julho de 2002

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País vai perder na qualidade das exportações

COLUNISTA DA FOLHA

Não é apenas na quantidade que a Alca trará prejuízo ao Brasil. O país perde igualmente na qualidade das exportações. O estudo dividiu os bens exportáveis em cinco categorias, desde a dos "decadentes" até a dos "muito dinâmicos".
Esta última categoria trata de produtos em que o crescimento do comércio é superior a 10,8%. São, portanto, bens para os quais há muita demanda e, por extensão, perspectivas mais prometedoras para comercializá-los no presente e também no futuro.
Hoje (ou, mais exatamente em 1999, ano dos últimos dados), o Brasil já importa mais do que exporta nessa área (o déficit é de US$ 876 milhões).
Mas, com a Alca, o buraco nas contas dos produtos "muito dinâmicos" crescerá para US$ 1,884 bilhão.
Se se acrescentar ao quadro a área de produtos "dinâmicos" (crescimento entre 8,8% e 10,79%), o déficit fica ainda maior: irá dos atuais US$ 1,020 bilhão para US$ 2,337 bilhões.
O passo seguinte da Fiesp será convocar todos os setores industriais para analisar suas respectivas situações e também para verificar quais as necessidades para melhorar a qualidade das exportações. (Clóvis Rossi)

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