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Início será com operações financeiras
especial para a Folha, de Berlim
O euro valerá, a partir de 1º de
janeiro do próximo ano, só para
operações financeiras e transações
comerciais que não exijam papel-moeda.
A partir dessa data, já será possível, por exemplo, abrir nesses países uma conta ou uma poupança
em euro. Mas não será possível sacar euros dessas contas.
O câmbio do euro só será fixado
no primeiro dia da união monetária. Ele se aproximará do valor do
ECU, a unidade monetária já utilizada pelos países europeus.
Se a união monetária tivesse sido
iniciada neste ano, por exemplo,
um euro valeria 1,95 marco alemão.
O euro circulará na forma de papel-moeda só a partir de 1º de janeiro de 2002. Isso porque os países participantes da união monetária européia precisam de alguns
anos para fabricar a nova moeda
comum. E os bancos precisam se
adaptar às novas condições.
O euro, então, só chegará às
mãos dos cidadãos europeus e dos
turistas estrangeiros no ano de
2002.
Quem tem moeda de algum dos
11 países participantes da união
monetária poderá, nessa fase, utilizá-la apenas nos primeiros seis
meses de 2002. O euro circulará,
nesse período, junto com as moedas de cada país.
Tabelas de conversão ou a divulgação dos preços nas duas moedas
ajudarão os fregueses, nessa fase,
na hora de fazer uma compra.
Passados seis meses da união
monetária, as moedas nacionais
deixarão de circular e o euro será a
única moeda corrente nos 11 países que integrarão o acordo.
O prazo para a troca das moedas
nacionais por euros, porém, não
se limitará ao primeiro semestre
de 2002. Ele deve variar de país para país. Não haverá taxas para essa
troca.
Fim do câmbio
Uma das vantagens do euro para
o turista estrangeiro é que este não
precisará mais trocar dinheiro ao
sair da França, por exemplo, e entrar na Espanha.
Com isso, ele perderá menos, já
que fica livre das taxas de câmbio.
Os preços, segundo os entusiastas do euro, também não devem
subir com a introdução da nova
moeda comum. Eles prevêem o
que chamam de "adaptação de
preços", mas nenhuma alteração
radical.
Na opinião dos defensores do
euro, a moeda comum permitirá
maior transparência e competição
no comércio interno europeu, o
que poderia provocar até mesmo a
queda de preços.
O consumidor poderá assim, segundo eles, comparar os preços de
uma mesma mercadoria em diferentes países europeus e comprá-la por encomenda ou via Internet, sem pagar taxa alguma.
(SB)
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