São Paulo, domingo, 26 de julho de 1998

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Início será com operações financeiras

especial para a Folha, de Berlim

O euro valerá, a partir de 1º de janeiro do próximo ano, só para operações financeiras e transações comerciais que não exijam papel-moeda.
A partir dessa data, já será possível, por exemplo, abrir nesses países uma conta ou uma poupança em euro. Mas não será possível sacar euros dessas contas.
O câmbio do euro só será fixado no primeiro dia da união monetária. Ele se aproximará do valor do ECU, a unidade monetária já utilizada pelos países europeus.
Se a união monetária tivesse sido iniciada neste ano, por exemplo, um euro valeria 1,95 marco alemão.
O euro circulará na forma de papel-moeda só a partir de 1º de janeiro de 2002. Isso porque os países participantes da união monetária européia precisam de alguns anos para fabricar a nova moeda comum. E os bancos precisam se adaptar às novas condições.
O euro, então, só chegará às mãos dos cidadãos europeus e dos turistas estrangeiros no ano de 2002.
Quem tem moeda de algum dos 11 países participantes da união monetária poderá, nessa fase, utilizá-la apenas nos primeiros seis meses de 2002. O euro circulará, nesse período, junto com as moedas de cada país.
Tabelas de conversão ou a divulgação dos preços nas duas moedas ajudarão os fregueses, nessa fase, na hora de fazer uma compra.
Passados seis meses da união monetária, as moedas nacionais deixarão de circular e o euro será a única moeda corrente nos 11 países que integrarão o acordo.
O prazo para a troca das moedas nacionais por euros, porém, não se limitará ao primeiro semestre de 2002. Ele deve variar de país para país. Não haverá taxas para essa troca.

Fim do câmbio
Uma das vantagens do euro para o turista estrangeiro é que este não precisará mais trocar dinheiro ao sair da França, por exemplo, e entrar na Espanha.
Com isso, ele perderá menos, já que fica livre das taxas de câmbio.
Os preços, segundo os entusiastas do euro, também não devem subir com a introdução da nova moeda comum. Eles prevêem o que chamam de "adaptação de preços", mas nenhuma alteração radical.
Na opinião dos defensores do euro, a moeda comum permitirá maior transparência e competição no comércio interno europeu, o que poderia provocar até mesmo a queda de preços.
O consumidor poderá assim, segundo eles, comparar os preços de uma mesma mercadoria em diferentes países europeus e comprá-la por encomenda ou via Internet, sem pagar taxa alguma. (SB)



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