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Nas ruas, a
moeda ainda
é abstração
especial para a Folha, de Berlim
O euro aparece, a menos de seis
meses da primeira fase da união
monetária, como uma entidade
abstrata para a maioria dos cidadãos europeus, os mesmos que,
em pouco mais de três anos, serão
obrigados a lidar no seu dia-a-dia
com ele.
Na Alemanha, por exemplo,
poucas lojas anunciam a chegada
da nova moeda.
São os partidos políticos, as universidades, a mídia e os bancos
que tentam esclarecer a população
sobre a união monetária e as possibilidades de investir em euro já
no ano que vem.
À medida que a introdução do
euro foi se tornando iminente, os
alemães passaram a aceitar a nova
moeda comum, segundo as pesquisas de opinião pública.
Mas, até um mês atrás, os alemães -o povo que com seus altos
impostos mais paga à União Européia- se diziam contra o euro.
O motivo apontado era o temor
da extinção de sua moeda, o marco alemão, símbolo do bem-estar
alcançado pelo país.
(SB)
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