|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FINANÇAS
Além dos resultados de intenção de voto após o início do horário leitoral, mercado espera a ata da reunião do Copom
Pesquisas irão ditar o humor da Bovespa
MARIA CRISTINA FRIAS
DA REPORTAGEM LOCAL
As primeiras pesquisas de intenção de voto depois do início do
horário eleitoral no rádio e na televisão, a reunião da equipe econômica com executivos de bancos
privados hoje, em Nova York, e a
ata da última reunião do Copom
devem centralizar as expectativas
nos próximos dias.
Embora o mercado aparente
"estar menos sensível, menos em
pânico, ainda não está em patamar confortável", diz Sylvio Rocha, diretor da HSBC corretora.
Câmbio, risco-país e economia
norte-americana seguem monitorados de perto por investidores.
"O mercado tinha tudo para
melhorar esta semana, mas as
Bolsas americanas subiram muito
rápido e a tendência é devolver
-o que deve repercutir aqui", diz
outro gestor.
Pesquisas
Analistas dizem que, se as primeiras sondagens pós-propaganda no rádio e na TV mostrarem
melhora no desempenho de José
Serra (PSDB) e queda de Ciro Gomes (PPS), a Bovespa deve reagir.
Caso se consolide a estagnação
de Serra, apesar da longa exposição no horário eleitoral, a Bolsa
ainda pode cair.
"O mercado não precificou totalmente a derrota de Serra porque muitos ainda acreditam na
recuperação do candidato governista", afirma Nicolas Balafas, da
corretora Planner.
Juros
O mercado aguarda a divulgação na próxima quarta-feira da
ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) realizada na semana passada, para esclarecer o uso do viés de baixa para a
taxa básica de juros.
A colocação do viés foi recebida
com algum ceticismo por analistas que questionam a possibilidade de o viés ser usado.
O viés autoriza o presidente do
Banco Central a cortar a taxa básica de juros, a Selic, no intervalo
entre as reuniões do Copom.
O instrumento, em princípio, é
empregado quando há perspectiva de ocorrer algum evento. Mas
nas últimas vezes em que o viés foi
anunciado (junho de 2001 e junho
de 2002), ele não foi exercido.
Para analistas, a ausência de viés
seria entendida como interrupção
dos sinais de tendência de queda
da Selic apresentadas na última
ata. Poderia ainda ser interpretada como influência do FMI.
Uma boa parcela do mercado
afirma que o mais importante para o corte da taxa de juros é a diminuição da volatilidade do câmbio e do risco-país. Mesmo que o
dólar continue num patamar um
pouco superior a R$ 3.
Há ainda quem avalie que o viés
de baixa indique queda, porém,
apenas futura dos juros. Não haveria previsão de fatos que viessem a estimular a redução da Selic
antes de, ao menos, 30 dias.
EUA
As Bolsas americanas começaram a devolver ganhos na última
sexta-feira, pressionadas por vendas de ações da AOL Time Warner e do Citigroup, investigadas
por fraudes contábeis.
A proximidade do feriado do
Dia do Trabalho nos EUA, na próxima segunda-feira, deverá reduzir o volume de negócios nesta semana.
Entre os muitos indicadores
que saem nos próximos dias, estão dois índices de confiança do
consumidor. Para o do Conference Board, de agosto, que será conhecido amanhã, é esperada uma
pequena alta em razão do maior
otimismo de consumidores com a
recuperação das Bolsas. O de Michigan deve se manter estável.
O consenso de mercado para o
PIB (2º trimestre), que sai na
quinta-feira, é de 1,1%. Terá menos importância, após quase dois
meses do terceiro trimestre.
Texto Anterior: Pelo fim da crise Próximo Texto: Idéias: Filósofo propõe renda mínima para todos Índice
|