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BARRIL DE PÓLVORA
Recuo chega a US$ 6 nesta semana
Petróleo cede quase 4% mesmo com redução de estoque nos EUA
DA REDAÇÃO
A informação de que os estoques norte-americanos de gasolina permaneceram estáveis durante as férias de verão contribuiu para mais um dia de queda nos preços do petróleo. Nem a queda nos
estoques de petróleo nos EUA foi
capaz de impedir a queda.
Na Bolsa Mercantil de Nova
York, a queda chegou a 3,9%, com
o barril sendo vendido a US$
43,47. Em Londres, o preço do
barril do tipo light fechou em queda de 3,88%, cotado a US$ 40,68.
Os preços estão quase US$ 6 mais
baixos do que na sexta-feira,
quando o produto encostou na
barreira dos US$ 50.
Os estoques de gasolina nos
EUA surpreenderam os analistas,
que esperavam uma redução causada pelo excesso de consumo nas
viagens de verão. O Departamento de Energia dos EUA anunciou
ontem que os estoques ficaram
praticamente estáveis: cerca de
205 milhões de barris.
"A gasolina é o menor dos nossos problemas", disse o analista
Marshall Steeves, da Refco.
As importações de gasolina pelos EUA, segundo o informe do
departamento, cresceram 11%,
para 992 mil barris por semana. Já
a demanda nos EUA caiu 1% na
última semana. O consumo de todos os produtos derivados do petróleo subiu 1,9%, para 20,9 milhões de barris por dia.
Por outro lado, os estoques de
petróleo foram reduzidos em 1,7
milhão. Ao todo, os EUA dispõem
de 291,3 milhões de barris.
Ontem, o vice-presidente dos
EUA, Dick Cheney, deu detalhes
sobre como os EUA poderão usar
suas reservas de petróleo. Segundo ele, apenas se os importadores
do país pararem de vender -em
especial, México, Venezuela e
Arábia Saudita- os estoques serão utilizados.
Iraque
O mercado segue calmo por
conta do restabelecimento das exportações iraquianas. Desde o início da semana, as exportações do
sul do país, próximo à cidade de
Najaf, foram retomadas para os
níveis normais de 2 milhões de
barris diários. No norte, na região
de Basra, a produção retornou à
metade da capacidade total de 1
milhão de barris por dia.
A conclusão do plebiscito na
Venezuela e a redução dos temores sobre o futuro da Yukos,
maior exportadora da Rússia,
também contribuíram para melhoria do cenário. O presidente
Vladimir Putin garantiu durante
a semana que as exportações do
país não serão abaladas.
O delegado da Nigéria na Opep
(Organização dos Países Exportadores de Petróleo) disse ontem
que o cartel poderá elevar a produção para compensar problemas no Iraque.
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