São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2004

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BARRIL DE PÓLVORA

Recuo chega a US$ 6 nesta semana

Petróleo cede quase 4% mesmo com redução de estoque nos EUA

DA REDAÇÃO

A informação de que os estoques norte-americanos de gasolina permaneceram estáveis durante as férias de verão contribuiu para mais um dia de queda nos preços do petróleo. Nem a queda nos estoques de petróleo nos EUA foi capaz de impedir a queda.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, a queda chegou a 3,9%, com o barril sendo vendido a US$ 43,47. Em Londres, o preço do barril do tipo light fechou em queda de 3,88%, cotado a US$ 40,68. Os preços estão quase US$ 6 mais baixos do que na sexta-feira, quando o produto encostou na barreira dos US$ 50.
Os estoques de gasolina nos EUA surpreenderam os analistas, que esperavam uma redução causada pelo excesso de consumo nas viagens de verão. O Departamento de Energia dos EUA anunciou ontem que os estoques ficaram praticamente estáveis: cerca de 205 milhões de barris.
"A gasolina é o menor dos nossos problemas", disse o analista Marshall Steeves, da Refco.
As importações de gasolina pelos EUA, segundo o informe do departamento, cresceram 11%, para 992 mil barris por semana. Já a demanda nos EUA caiu 1% na última semana. O consumo de todos os produtos derivados do petróleo subiu 1,9%, para 20,9 milhões de barris por dia.
Por outro lado, os estoques de petróleo foram reduzidos em 1,7 milhão. Ao todo, os EUA dispõem de 291,3 milhões de barris.
Ontem, o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, deu detalhes sobre como os EUA poderão usar suas reservas de petróleo. Segundo ele, apenas se os importadores do país pararem de vender -em especial, México, Venezuela e Arábia Saudita- os estoques serão utilizados.

Iraque
O mercado segue calmo por conta do restabelecimento das exportações iraquianas. Desde o início da semana, as exportações do sul do país, próximo à cidade de Najaf, foram retomadas para os níveis normais de 2 milhões de barris diários. No norte, na região de Basra, a produção retornou à metade da capacidade total de 1 milhão de barris por dia.
A conclusão do plebiscito na Venezuela e a redução dos temores sobre o futuro da Yukos, maior exportadora da Rússia, também contribuíram para melhoria do cenário. O presidente Vladimir Putin garantiu durante a semana que as exportações do país não serão abaladas.
O delegado da Nigéria na Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) disse ontem que o cartel poderá elevar a produção para compensar problemas no Iraque.


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