São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 2002

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PAINEL S.A.

Alta do dólar
Um dos motivos para a forte alta do dólar de terça foi a remessa para fora de um grande volume de dinheiro pelo BBV Banco. O banco espanhol mandou só naquele dia cerca de US$ 400 milhões para honrar contratos com o governo de lá.

Sem efeito
A devolução dos 21 Fokkers 100 da TAM não vai inflar o superávit comercial do país. Pelo simples fato de que os aviões, quando entraram no Brasil, não foram contabilizados como importação. Agora, na saída, não poderão ser registrados como exportação.

Interesse coreano
Mais de 21 empresas da Coréia do Sul vão participar de uma rodada de negócios com empresários brasileiros em São Paulo, no dia 2. O comércio entre os dois países cresceu 14% ao ano desde 2000.

Impopular
A carga tributária na construção de moradias populares chega a 28,6%, segundo Jorge Lima (FGV). Do preço de R$ 19.624, R$ 5.000 vão para o governo.

Ocioso
Do total do parque industrial químico, 18% não estão em uso, segundo pesquisa da Abiquim de agosto - um aumento de dois pontos percentuais na ociosidade. Na média dos oito primeiros meses do ano, o índice é de 23% de ociosidade.

Por tabela
A Associação Comercial do Rio de Janeiro dá o pontapé inicial hoje para discutir com os dirigentes de clubes cariocas a governança corporativa no futebol. Antônio Carlos Martins (ACRJ) diz que agora, com a transformação dos clubes em empresas, o tema irá interessar.

Para poucos
Acaba de chegar ao Brasil a nova caneta em edição limitada da Montblanc, em homenagem ao escritor F. Scott Fitzgerald. A versão tinteiro custa R$ 3.145, e a esferográfica, R$ 1.600.

Disputado
O Grupo Pão de Açúcar vai inaugurar mais dois hipermercados Extra até o final do ano na cidade de São Paulo, com a criação de mil empregos diretos. Para a primeira seleção, já chegaram 10 mil currículos.

Cliente de peso
A Caixa Econômica Federal acaba de renovar a licença para uso dos softwares de segurança da McAfee. Com o contrato, passa a ser o terceiro maior usuário mundial da empresa.

E-mail - guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

Vespeiro

O Banco Central não vai mexer na taxa de juros básica até o fim do ano, na avaliação de Osvaldo Calixto, da Anefac (associação dos executivos de finanças). Há um receio de que o mercado financeiro faça leituras distorcidas de uma mudança. A ata da última reunião do Copom, divulgada ontem, usa a alta da inflação para justificar a manutenção da taxa em 18% ao ano. Para Calixto, uma manobra técnica. Por mais que haja pressão da alta do dólar sobre os preços e reajustes tarifários, dificilmente haverá estouro da meta inflacionária. O consumo está acanhado. "Mas ninguém quer mexer nesse vespeiro agora."

NÚMEROS

0,62%
Foi a inflação dos últimos 30 dias na região do ABC paulista, diz acompanhamento de preços do Imes.

0,42%
Foi a alta no custo da cesta básica ontem em São Paulo. O custo foi a R$ 173,53, diz o Dieese/Procon.


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