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Mundo crescerá menos em 2003, estima FMI
DE WASHINGTON
O FMI reduziu sua previsão de crescimento mundial para 2003,
de 4% para 3,7%, e apelou ao governo dos EUA que controle mais
seu orçamento para impedir o
descontrole sobre a desaceleração
da economia americana.
"Estamos cuidadosamente otimistas com relação à recuperação
global", disse o diretor do Departamento de Pesquisa do Fundo,
Kenneth Rogoff, ao divulgar o relatório semestral sobre perspectivas para a econômica mundial.
"Coloco uma ênfase no "cuidadosamente'", completou.
Apesar do pessimismo com relação ao próximo ano, a previsão
de crescimento mundial para
2002 (de 2,8%) foi mantida. O que
mudou foi um aumento dos riscos para o futuro imediato, tendo
em vista o agravamento da crise
na América Latina e uma queda
mais acentuada nas Bolsas.
Para os EUA, o FMI reduziu a
previsão de crescimento do PIB
para 2,2% em 2002. A estimativa
anterior, feita em abril, era de
2,3%. A previsão para 2003 caiu
de 3,4% para 2,6%.
O Fundo também foi mais pessimista com relação à zona do euro e reduziu sua previsão de crescimento de 1,4% para 0,9% em
2002. Em relação a 2003, a região
do euro deve crescer 2,3%, abaixo
dos 2,9% projetados em abril.
O relatório sugeriu aos BCs dos
EUA, da Europa e do Japão que se
preparem para reduzir ainda
mais as taxas de juros, caso a atividade econômica volte a cair.
O FMI destacou ainda que as
condições de financiamento para
os mercados emergentes se deterioraram, particularmente na
América do Sul e na Turquia.
Rogoff fez uma menção especial
à queda acentuada no ritmo de
crescimento das transações comerciais, que deverá ficar em apenas 2,2% em 2002. Essa expansão
é insignificante se comparada aos
12,6% de crescimento do comércio mundial em 2000. "Em 2003,
esperamos que o comércio mundial cresça 6,1%", disse.
Entre os riscos para a economia
mundial, Rogoff mencionou a
possibilidade de novos ataques
terroristas, a deterioração dos tumultos no Oriente Médio e a crise
na América Latina. (MARCIO AITH)
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